sábado, 18 de abril de 2015
Barulhos
Eai pessoal blz? Mais um acontecimento aki comigo, eu estava dormindo e acordei com um barulho no pátio de casa e fui ver o que era, espiei pela janela e durante uns 5 segundos de reflexo eu vi uns olhos no meio do canteiro da minha mae. Não sei o que era, podia ter sido só um gato ou sla ou eu mesmo ainda estar meio dormindo.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
O que foi isso?
Pessoal quem escreve aqui novamente para contar um outro acontecimento sou eu mesmo Zumbuty, eu estava deitado ja olhando tv e minha mae tava no meu pc jogando quando do nada ouvimos um assobio eu perguntei se ela tinha ouvido e ela disse que sim e logo depois ouvimos uns barulhos no pátio a gente foi la ver o que era mais não tinha nada e os cachorros estavam dormindo, eu não sei o que foi isso mais certamente nos assustou um pouco. A hora que isso ocorreu foi 1h da madrugada mais ou menos. Hoje pela manha quando estava me arrumando para ir para a escola eu passei pela por do pátio para soltar os cachorro e do nada senti um vento frio que me vez levanta os cabelos '-' tipo frio de medo mesmo.
domingo, 12 de abril de 2015
Hora Morta
Existe um estudo sobre um certo momento da madrugada que chama a atenção, passa-se entre as 3:00 e 3:59 da manhã. Por algum motivo diversas pessoas com depressão acordam essa hora e se sentem muito mais tristes que o normal. Assim como há muitas pessoas que não tem depressão mas que despertam e só conseguem voltar a adormecer depois das 4:00. Uma das hipóteses para isso é que esse é o auge da madrugada e que a frequência energética das pessoas fica muito baixa nesse momento, até mesmo a de batimentos do coração, e graças a isso há esse efeito. No entanto para aqueles do meio místico de diversas crenças, existe uma outra explicação para isso, essa é a chamada Hora Morta. A hora morta trata-se do momento em que portais para outro mundo são abertos e espíritos ficam com uma influência muito maior sobre a terra, deixando assim um momento perfeito para muitos serem atormentados, tendo pesadelos ou mesmo vendo vultos, ouvindo vozes ou até vendo aparições perfeitas de espíritos. Muitos daqueles que fazem trabalhos para oferecer a espíritos, usam a meia noite para isso, mas há quem prefira as 3 da madrugada para aproveitar a hora morta e ter uma ligação direta com entidades. E também há aqueles que usam a hora morta como o momento máximo para terminarem de fazer seus rituais começados a meia noite pois se o galo cantar, será arruinado. Uma das explicações é que existe um fuso horário onde diversos espíritos voam constantemente, ele fica do lado negro da terra e de acordo com o que ela gira, esse fuso horário cheio de espíritos passa por cima do lugar. É o momento em que as pessoas estão em seu sono mais profundo e também mais vulneráveis. Existem diversos relatos de pessoas que acordam durante a hora morta e vão ao banheiro ou beber água, e é quando veem algo. Por isso se você acordar nesse horário, pode ser que você seja apenas o seu corpo reagindo à baixa frequência energética, ou pode ser algo pior...
Segundo outros relatos a hora morta tem muito a ver com a morte de cristo.
Segundo outros relatos a hora morta tem muito a ver com a morte de cristo.
A brincadeira do serial killer
Como alguns contam se você brincar de seria killer e ver a aparição de Jeff no meio da brincadeira, quando você vai dormir, você sonha que esta matando o seus pais e amigos, mas quando acorda você realmente os matou '-'
sábado, 11 de abril de 2015
A Casa sem fim
''Peter Terry era viciado em heroína. Nós éramos amigos na faculdade e continuamos sendo após eu ter me formado. Note que eu disse "eu". Ele largou depois de 2 anos mal feitos. Depois que eu me mudei do dormitório para um pequeno apartamento, não via Peter com muita frequência. Nós costumávamos conversar online as vezes (AIM era o rei na época pré-orkut). Houve um tempo que ele não ficou online por cinco semanas seguidas. Eu não estava preocupado. Ele era um notável viciado em cocaína e drogas em geral, então eu assumi que ele apenas parou de se importar. Mas então, uma noite, eu o vi entrando. Antes que eu pudesse começar uma conversa, ele me mandou uma mensagem."David, cara, nós precisamos conversar.". Foi quando ele me disse sobre a Casa sem Fim. Ela tinha esse nome pois ninguém nunca alcançou a saída final. As regras eram bem simples e clichês: chegue na saída final e você ganha 500 dólares, nove cômodos no total. A casa estava localizada fora da cidade, aproximadamente 7km da minha casa. Aparentemente ele tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e sabe lá em mais o que, então eu imaginei que as drogas tinham feito ele se cagar todo por causa de um fantasma de papel ou algo assim. Ele me disse que seria demais pra qualquer um. Que não era normal. Eu não acreditei nele. Por que eu deveria? Eu disse a ele que iria checar isso na outra noite, e não importava o quanto ele tentasse me fazer não ir, 500 dólares soava bom demais pra ser verdade, eu precisava tentar. Fui na noite seguinte. Isso foi o que aconteceu. Quando eu cheguei, imediatamente notei algo estranho sobre a casa. Você já viu ou leu algo que não deveria te assustar, mas por alguma razão te gelava a espinha? Eu andei através da construção e o sentimento de mal estar apenas aumentou quando eu abri a porta da frente. Meu coração desacelerou e soltei um suspiro aliviado assim que entrei. O cômodo parecia como uma entrada de um hotel normal decorada para o Halloween. Um sinal foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Se lia "Quarto 1 por aqui. Mais oito a seguir. Alcance o final e você vence!" Eu ri e fui para a primeira porta. A primeira área era quase cômica. A decoração lembrava o corredor de Halloweende um K-Mart, cheia de fantasmas de lençol e zumbis robóticos que soltavam um grunhido estático quando você passava. No outro lado tinha uma saída, a única porta além da qual eu entrei. Passei através das falsas teias de aranha e fui para o segundo quarto. Fui recebido por uma névoa assim que abri a porta do segundo quarto. O quarto definitivamente apostou alto nos termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de fumaça, mas morcegos pendurados pelo teto e girando em círculos. Assustador. Eles pareciam ter em algum lugar da sala, uma trilha sonora em loop de Halloween que qualquer um encontra em uma loja de R$1,99. Eu não vi um rádio, mas imaginei que eles tenham usado um sistema de P.A. Eu pisei em cima de alguns ratos de brinquedo com rodinhas e andei com o peito inchado para a próxima área. Eu alcancei a maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir essa porta. O sentimento de medo bateu tão forte que eu mal conseguia pensar. A lógica voltou depois de alguns momentos aterrorizantes, e eu abri a porta e entrei no próximo cômodo. No quarto 3 foi quando as coisas começaram a mudar. A primeira vista, parecia como um quarto normal. Havia uma cadeira no meio do quarto com piso de madeira. Uma lâmpada no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar a área, e lançava algumas sombras sobre o chão e as paredes. Esse era o problema. Sombras. Plural. Com a exceção da cadeira, havia outras. Eu mal tinha entrado e já estava apavorado. Foi naquele momento que eu soube que algo não estava certo. Eu nem sequer
pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado. Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas
as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto. O 4º cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo. Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Me virei e cai dentro do quarto 5. Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo. Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou, apenas me surpreendeu. Árvores tinha crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Me levantei do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no 4º quatro ficou lá. Eu estava incrivelmente errado. Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momento de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti eles rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganhido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu ouvia eles voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Me joguei no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte. Eu comecei a rastejar. Não tinha ideia para onde estava
indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceu horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que estivesse no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. O sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo 4. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno. Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinham sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede... "Você está bem?"Pulei do chão e me virei rapidamente. Me encostei contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado. A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos loiros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assustado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do 6º. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo. "David, você deveria ter ouvido" Quandoaquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem abertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás. Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eumais precisava, uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Me virei lentamente e fui saudado com quarto estando como estava quando eu entrei, apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Me virei para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Me levou um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7. Cambaleeiatravés da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Me virei e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho. Assim que cheguei em casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia. Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilados ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam, como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela. Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. O rosto dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava
mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda
assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo todo os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria ouvir eles falarem. Não queria que as vozes fossem iguais a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora as mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8. Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8. Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira
normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era David Williams. Me aproximei. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.
-Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque.
-O que? Quem é você? Eu não vou te machucar.
-Sim, você vai (Ele soluçava agora.).Você vai me machucar e eu não quero que
você faça isso.
Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos.
-Escute, quem é você?
-Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar.
-Porque você está falando isso? Apenas se acalme, certo? Vamos tentar
entender isso.
E então eu vi. O David sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9.
-Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar...
Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9, esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo.
-David? (Eu tive que perguntar.)
-Sim... você vai me machucar, você vai me machucar...
Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao David. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: ''Para David - Da Gerência.'' A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Peter, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Peter Terry soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro David se calou.
-David, o que você pensa que vai fazer?
Me levantei do chão e apertei a faca na minha mão.
-Eu vou sair daqui.
David continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olho pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram iguais a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei ela mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou, baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo. A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Me sentia leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Me senti perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a
mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso. Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz. Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com
enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.
''David Williams,
Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da sua grande conquista.
Da sua eterna, Gerência''
Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.
Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira.''
pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado. Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas
as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto. O 4º cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo. Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Me virei e cai dentro do quarto 5. Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo. Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou, apenas me surpreendeu. Árvores tinha crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Me levantei do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no 4º quatro ficou lá. Eu estava incrivelmente errado. Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momento de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti eles rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganhido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu ouvia eles voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Me joguei no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte. Eu comecei a rastejar. Não tinha ideia para onde estava
indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceu horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que estivesse no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. O sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo 4. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno. Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinham sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede... "Você está bem?"Pulei do chão e me virei rapidamente. Me encostei contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado. A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos loiros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assustado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do 6º. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo. "David, você deveria ter ouvido" Quandoaquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem abertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás. Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eumais precisava, uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Me virei lentamente e fui saudado com quarto estando como estava quando eu entrei, apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Me virei para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Me levou um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7. Cambaleeiatravés da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Me virei e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho. Assim que cheguei em casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia. Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilados ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam, como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela. Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. O rosto dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava
mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda
assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo todo os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria ouvir eles falarem. Não queria que as vozes fossem iguais a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora as mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8. Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8. Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira
normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era David Williams. Me aproximei. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.
-Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque.
-O que? Quem é você? Eu não vou te machucar.
-Sim, você vai (Ele soluçava agora.).Você vai me machucar e eu não quero que
você faça isso.
Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos.
-Escute, quem é você?
-Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar.
-Porque você está falando isso? Apenas se acalme, certo? Vamos tentar
entender isso.
E então eu vi. O David sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9.
-Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar...
Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9, esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo.
-David? (Eu tive que perguntar.)
-Sim... você vai me machucar, você vai me machucar...
Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao David. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: ''Para David - Da Gerência.'' A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Peter, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Peter Terry soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro David se calou.
-David, o que você pensa que vai fazer?
Me levantei do chão e apertei a faca na minha mão.
-Eu vou sair daqui.
David continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olho pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram iguais a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei ela mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou, baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo. A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Me sentia leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Me senti perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a
mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso. Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz. Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com
enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.
''David Williams,
Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da sua grande conquista.
Da sua eterna, Gerência''
Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.
Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira.''
Minecraft - Agora não é mais herobrine!
A lenda conta que um tal de 303 invade minecrafts e coloca fogo em tudo, estragando o jogo, quando se abre o código fonte, esta cheio de '' 303 ''. Segundo a lenda, herobrine tentou nos avisar sobre o 303 e tenta combate-lo pedindo a nossa ajuda. 303 seria um funcionário demitido Mojang que criou o 303 para se vingar. Ele invade minecrafts e hackeia os computadores dos jogadores.
História mandada pelo Micro. E resumida para vocês.
História mandada pelo Micro. E resumida para vocês.
terça-feira, 7 de abril de 2015
Episódios banidos - parte 4 (Um maluco no pedaço)
"Alguém já ouviu falar do episódio perdido Um maluco no pedaço? Eu costumava ser um amigo íntimo do filho de Andy Borowitz, e eu ia até sua casa pelo menos uma vez por semana. Eu era jovem na época e realmente não sabia sobre Um maluco no pedaço, eu estava muito ocupado assistindo desenhos animados e provavelmente não teria entendido de qualquer maneira. Quando fiquei mais velho, o filho dele e eu saíamos, talvez uma vez por mês e raramente nos falávamos. No colegial, eu comecei a assistir a reprises de Nick e Nite. O show foi ótimo, e eu não podia acreditar que tinha sido tão próximo filho do criador todo esse tempo. Eu comecei a vê-lo mais e nunca perdi uma noite. Uma noite, eu notei que as mães eram atrizes diferentes, eu estava confuso sobre o porquê eles mudaram abruptamente as esposas. Será que eles acharam que ninguém ia perceber? Meu último ano nós tivemos que fazer um grande projeto que nos obrigou a estar em um grupo; filho Andy Borowitz estava na minha classe. Nós agrupamos e decidimos nos reunir em sua casa em 6:00 para a pesquisa. Antes de ir para sua casa, cheguei em casa e liguei o meu DVR, eu tinha algumas Um maluco no pedaço lá e decidi assistir a um antes de ir à sua casa. Foi um dos mais novos, onde tiveram a nova mãe. Como eu estava olhando, eu percebi que eu poderia muito bem perguntar Andy o porque da mudança. Eu fui a casa dele e começamos a trabalhar, mas depois de algumas horas de investigação frustrante, fizemos uma pausa. Eu fui para o banheiro e o seu pai na cozinha, então achei que seria o melhor momento para perguntar sobre isso.
-Oi sr. Borowitz, como vai você?
-Oh, eu estou bem. Como está o projeto?
-Estamos dando um tempo agora.
Houve algum silêncio constrangedor e, finalmente, eu deixo escapar o que eu estou querendo dizer a tanto tempo.
-Ei, eu estava assistindo Um maluco no pedaço no outro dia ... Porque substituiram a mãe por outra?
-Bem, o contrato da atriz original foi para cima e ela não queria mais fazer isso, então nós colocamos alguém para substituí-la.
-Bem, eu só acho que é confuso para os espectadores. Por que não ter um divórcio, não
poderia ter inventado alguma coisa, ou até mesmo matá-la?
Ele se levantou, congelado, como se tivesse visto um fantasma ou um corpo muito danificado.
-O que você sabe? (Ele perguntou.)
-O quê?
-O que você sabe filho da puta?
Eu olhei fixamente para ele. Tentei me mover, mas estava com muito medo.
-Eu. .. Eu. .. Eu não sei o que você está falando, senhor.
-Mentira. Quem te disse?
Por esta altura, eu estava realmente ficando com medo e estava procurando
alguma coisa que eu poderia usar como arma para o caso.
-Honestamente, eu não sei o que você está falando!
Ele me olhou nos olhos por cerca de dois minutos, eu não pisquei.
-Venha ao meu escritório.
Ele saiu e meu coração batia rapido, eu estava coberto de suor e sentia uma merda completa. Corri para o banheiro e joguei água no meu rosto,
tentando recuperar a compostura, mas eu estava muito assustado. Eu
lentamente entrei em seu escritório, eu poderia ouvir alguns papéis voando e algo arranhando uma caixa. Eu rastejei pra dentro "Sente-se", disse-me ele. Eu não queria irritá-lo, então eu fiz exatamente isso e sentei-me. Ele estava remexendo uma velha caixa marrom, mas não foi marcado e não tinha nenhuma marca nele. Finalmente, ele encontrou o que estava procurando: uma fita. A fita tinha uma etiqueta com algo escrito com marcador permanente, mas eu não conseguia entender porque ela era suja e desgastada. Ele jogou sobre a mesa e sentou-se, massageando o lado de sua cabeça ... então, ele olhou diretamente para mim. Em 93, quando Janet disse que não queria continuar com o show mais longo, ela surgiu com algumas idéias de como continuar com o show. Havia três ideias:. Ela se mudar para New Jersey, onde ela conseguiu um emprego de professora em Princeton, deixando a família para trás em Bel Air. A segunda foi a de simplesmente encontrar um substituto, como fizeram em outras series. A terceira idéia ... Ele fez uma pausa, olhando como se ele estivesse pronto para vomitar. Seu rosto tornou-se extremamente pálido e seus olhos pareciam profundamente triste, ele quase começou a chorar. A terceira idéia era acabar com o show e matá-los definitivamente. Filmamos três e decidiu colocá-los todos de uma votação no final. As duas primeiras foram escritas e filmadas dentro do tempo bom. Fizemos isso dentro do tempo de edição e todos eram aceitáveis. No entanto, o terceiro final foi o mais difícil. Muitos dos membros da equipe não queriam tomar parte dele. Os que ficaram nunca se recuperaram totalmente do que viram. A atmosfera estava tensa durante as filmagens e ninguém sorriu afinal de contas. Normalmente, entre as cenas, os atores conversam entre si, mas durante esta sessão e que faziam era se sentar ou ficar com os braços cruzados, olhando para o chão, até chegar sua vez de subir e filmar. Até então, sua voz estava embargada e o lábio superior não conseguia parar de tremer. Ele me deu a fita e me disse para cair fora, e para não voltar ou ele iria chamar a polícia. Eu rapidamente peguei a fita, as minhas coisas e fui para casa. Quando cheguei em casa já era 11:00. Minha família estava dormindo, e haviam deixado um pouco de comida no microondas para mim. Eu não senti vontade de comer. Eu só queria ver a fita. Eu fui para meu quarto e coloquei a fita no meu DVD/VCR player que ganhei de natal, pausei, fechei a porta. Quando voltei, me joguei na cama e apertei "play" com o controle remoto. Nos primeiros 5 minutos era apenas uma tela negra. Finalmente, a câmera focaliza e você vê a sala de estar da mansão. O Tio Phil estava sentado, assistindo TV e Carlton estava decendo das escadas. Os dois começaram a falar sobre os planos para a universidade de Carlton, mas você mal poderia ouvir o que eles estavam dizendo. O volume aumentava e diminuía naquela gravação, e não era algo divertido como é normalmente a série; eu tinha certeza que não era algo engraçado por causa das feições mortalmente sérias em seus rostos. Depois de algum tempo, a família inteira estava na sala de estar, exceto pela mãe. O telefone toca e o Tio Phil atende. Imediatamente ele começa a soluçar. Nesse ponto você finalmente poderia ouvir sobre o que eles estavam falando. Tio Phil foi ao chão, chorando incontrolavelmente e gritando em uma dor agonizante. Os outros sentaram e seus rostos inexpressivos. Os gritos continuaram por alguns minutos até que Carlton pega o telefone e começa a falar com a pessoa na outra linha. Ele diz apenas "Sim" e "adeus". Carlton sai da cena e você pode ouvir alguma coisa em latim seguido de um disparo de uma arma. Tio Phil ainda soluçava e gritava, mas o elenco olhava para o local onde Carlton havia saído. Vivian entrou em cena com uma espingarda na mão, também chorando e murmurando alguma coisa em latim. O elenco inteiro se dispersou e correu, menos o Tio Phil, que agora parecia ter convulsões. Vivian apontou a arma para a cabeça dele e atirou. Ela então caçou Carlton acima das escadas e atirou nas suas costas. Ele gritou de dor, mas não estava morto. Hillary conseguiu fugir junto com Will, e correram para perto da casa dos vizinhos. Eles bateram na porta, mas não houve resposta. Continuaram batendo e tocando a campainha com o mesmo resultado. Checaram a maçaneta e abriram a porta, entrando e olhando ao redor; a casa não tinha energia ou luz. Eles imediatamente ficaram apavorados e procuraram um telefone. A cena corta para outra um pouco embaçada, onde Vivian amarra Ashley. Ela está chorando, mas é abafada por uma mordaça. Vivian então arrasta Carlton e começa a cantar uma música velha. Ela estava com um estranho, bizarro
sorriso e as lágrimas caindo de seu rosto. Carlton começou a fazer uma oração, mas Vivian rapidamente apontou a arma e o mandou parar. Ela virou para Ashley e puxou uma faca, lentamente andou ao redor, cantando...
"Ashley, querida!
Uma garota tão boazinha!
Uma garota tão bonitinha!
Minha garota favorita!
Ela levantou a faca e desceu com tudo para o pescoço de Ashley, mas antes que a faca a atingisse, a cena ficou preta. Isso foi seguido por uns 10 minutos de aplausos, que viraram murmúrios e depois gritos. Os gritos ficaram mais altos e então a cena voltou para Will e Hillary encontrando corpos mortos no sofá; as paredes e o chão cobertos em sangue, mas sem sinal de Vivian. Hillary diz para Will que eles têm que sair, mas ele diz "Não, eu quero ficar". Hillary começa a gritar com Will tentando convencê-lo, mas eventualmente desiste e corre para fora da casa. Não havia explicação do porquê de terem voltado para casa, tudo que você via era Hillary correndo desesperadamente. Novamente a cena fica preta por quase 1 minuto. O show termina e os créditos aparecem. No fundo, uma foto de todos sentados no sofá: Tio Phil com a cabeça estourada, Carlton com uma enorme ferida no estômago e os órgãos à mostra, Ashley com a pele arrancada e Will com os membros despedaçados. Vivian estava no meio, sorrindo sentada coberta em sangue. Depois que os créditos acabaram, a foto ficou lá por 13 segundos. Eu pulei da cama e apertei "ejetar". O VHS retornou, mas a fita ficou atolada dentro. Cortei e limpei a bagunça, comecei a examinar a fita e percebi que ainda havia muito filme do lado esquerdo. Com uma enorme dor no coração, joguei tudo no lixo. Naquela noite, a figura do fim dos créditos assombraram meus sonhos, em vez de ver a família Banks sentada no sofá... era a minha própria, comigo no meio, sorrindo...''
-Oi sr. Borowitz, como vai você?
-Oh, eu estou bem. Como está o projeto?
-Estamos dando um tempo agora.
Houve algum silêncio constrangedor e, finalmente, eu deixo escapar o que eu estou querendo dizer a tanto tempo.
-Ei, eu estava assistindo Um maluco no pedaço no outro dia ... Porque substituiram a mãe por outra?
-Bem, o contrato da atriz original foi para cima e ela não queria mais fazer isso, então nós colocamos alguém para substituí-la.
-Bem, eu só acho que é confuso para os espectadores. Por que não ter um divórcio, não
poderia ter inventado alguma coisa, ou até mesmo matá-la?
Ele se levantou, congelado, como se tivesse visto um fantasma ou um corpo muito danificado.
-O que você sabe? (Ele perguntou.)
-O quê?
-O que você sabe filho da puta?
Eu olhei fixamente para ele. Tentei me mover, mas estava com muito medo.
-Eu. .. Eu. .. Eu não sei o que você está falando, senhor.
-Mentira. Quem te disse?
Por esta altura, eu estava realmente ficando com medo e estava procurando
alguma coisa que eu poderia usar como arma para o caso.
-Honestamente, eu não sei o que você está falando!
Ele me olhou nos olhos por cerca de dois minutos, eu não pisquei.
-Venha ao meu escritório.
Ele saiu e meu coração batia rapido, eu estava coberto de suor e sentia uma merda completa. Corri para o banheiro e joguei água no meu rosto,
tentando recuperar a compostura, mas eu estava muito assustado. Eu
lentamente entrei em seu escritório, eu poderia ouvir alguns papéis voando e algo arranhando uma caixa. Eu rastejei pra dentro "Sente-se", disse-me ele. Eu não queria irritá-lo, então eu fiz exatamente isso e sentei-me. Ele estava remexendo uma velha caixa marrom, mas não foi marcado e não tinha nenhuma marca nele. Finalmente, ele encontrou o que estava procurando: uma fita. A fita tinha uma etiqueta com algo escrito com marcador permanente, mas eu não conseguia entender porque ela era suja e desgastada. Ele jogou sobre a mesa e sentou-se, massageando o lado de sua cabeça ... então, ele olhou diretamente para mim. Em 93, quando Janet disse que não queria continuar com o show mais longo, ela surgiu com algumas idéias de como continuar com o show. Havia três ideias:. Ela se mudar para New Jersey, onde ela conseguiu um emprego de professora em Princeton, deixando a família para trás em Bel Air. A segunda foi a de simplesmente encontrar um substituto, como fizeram em outras series. A terceira idéia ... Ele fez uma pausa, olhando como se ele estivesse pronto para vomitar. Seu rosto tornou-se extremamente pálido e seus olhos pareciam profundamente triste, ele quase começou a chorar. A terceira idéia era acabar com o show e matá-los definitivamente. Filmamos três e decidiu colocá-los todos de uma votação no final. As duas primeiras foram escritas e filmadas dentro do tempo bom. Fizemos isso dentro do tempo de edição e todos eram aceitáveis. No entanto, o terceiro final foi o mais difícil. Muitos dos membros da equipe não queriam tomar parte dele. Os que ficaram nunca se recuperaram totalmente do que viram. A atmosfera estava tensa durante as filmagens e ninguém sorriu afinal de contas. Normalmente, entre as cenas, os atores conversam entre si, mas durante esta sessão e que faziam era se sentar ou ficar com os braços cruzados, olhando para o chão, até chegar sua vez de subir e filmar. Até então, sua voz estava embargada e o lábio superior não conseguia parar de tremer. Ele me deu a fita e me disse para cair fora, e para não voltar ou ele iria chamar a polícia. Eu rapidamente peguei a fita, as minhas coisas e fui para casa. Quando cheguei em casa já era 11:00. Minha família estava dormindo, e haviam deixado um pouco de comida no microondas para mim. Eu não senti vontade de comer. Eu só queria ver a fita. Eu fui para meu quarto e coloquei a fita no meu DVD/VCR player que ganhei de natal, pausei, fechei a porta. Quando voltei, me joguei na cama e apertei "play" com o controle remoto. Nos primeiros 5 minutos era apenas uma tela negra. Finalmente, a câmera focaliza e você vê a sala de estar da mansão. O Tio Phil estava sentado, assistindo TV e Carlton estava decendo das escadas. Os dois começaram a falar sobre os planos para a universidade de Carlton, mas você mal poderia ouvir o que eles estavam dizendo. O volume aumentava e diminuía naquela gravação, e não era algo divertido como é normalmente a série; eu tinha certeza que não era algo engraçado por causa das feições mortalmente sérias em seus rostos. Depois de algum tempo, a família inteira estava na sala de estar, exceto pela mãe. O telefone toca e o Tio Phil atende. Imediatamente ele começa a soluçar. Nesse ponto você finalmente poderia ouvir sobre o que eles estavam falando. Tio Phil foi ao chão, chorando incontrolavelmente e gritando em uma dor agonizante. Os outros sentaram e seus rostos inexpressivos. Os gritos continuaram por alguns minutos até que Carlton pega o telefone e começa a falar com a pessoa na outra linha. Ele diz apenas "Sim" e "adeus". Carlton sai da cena e você pode ouvir alguma coisa em latim seguido de um disparo de uma arma. Tio Phil ainda soluçava e gritava, mas o elenco olhava para o local onde Carlton havia saído. Vivian entrou em cena com uma espingarda na mão, também chorando e murmurando alguma coisa em latim. O elenco inteiro se dispersou e correu, menos o Tio Phil, que agora parecia ter convulsões. Vivian apontou a arma para a cabeça dele e atirou. Ela então caçou Carlton acima das escadas e atirou nas suas costas. Ele gritou de dor, mas não estava morto. Hillary conseguiu fugir junto com Will, e correram para perto da casa dos vizinhos. Eles bateram na porta, mas não houve resposta. Continuaram batendo e tocando a campainha com o mesmo resultado. Checaram a maçaneta e abriram a porta, entrando e olhando ao redor; a casa não tinha energia ou luz. Eles imediatamente ficaram apavorados e procuraram um telefone. A cena corta para outra um pouco embaçada, onde Vivian amarra Ashley. Ela está chorando, mas é abafada por uma mordaça. Vivian então arrasta Carlton e começa a cantar uma música velha. Ela estava com um estranho, bizarro
sorriso e as lágrimas caindo de seu rosto. Carlton começou a fazer uma oração, mas Vivian rapidamente apontou a arma e o mandou parar. Ela virou para Ashley e puxou uma faca, lentamente andou ao redor, cantando...
"Ashley, querida!
Uma garota tão boazinha!
Uma garota tão bonitinha!
Minha garota favorita!
Ela levantou a faca e desceu com tudo para o pescoço de Ashley, mas antes que a faca a atingisse, a cena ficou preta. Isso foi seguido por uns 10 minutos de aplausos, que viraram murmúrios e depois gritos. Os gritos ficaram mais altos e então a cena voltou para Will e Hillary encontrando corpos mortos no sofá; as paredes e o chão cobertos em sangue, mas sem sinal de Vivian. Hillary diz para Will que eles têm que sair, mas ele diz "Não, eu quero ficar". Hillary começa a gritar com Will tentando convencê-lo, mas eventualmente desiste e corre para fora da casa. Não havia explicação do porquê de terem voltado para casa, tudo que você via era Hillary correndo desesperadamente. Novamente a cena fica preta por quase 1 minuto. O show termina e os créditos aparecem. No fundo, uma foto de todos sentados no sofá: Tio Phil com a cabeça estourada, Carlton com uma enorme ferida no estômago e os órgãos à mostra, Ashley com a pele arrancada e Will com os membros despedaçados. Vivian estava no meio, sorrindo sentada coberta em sangue. Depois que os créditos acabaram, a foto ficou lá por 13 segundos. Eu pulei da cama e apertei "ejetar". O VHS retornou, mas a fita ficou atolada dentro. Cortei e limpei a bagunça, comecei a examinar a fita e percebi que ainda havia muito filme do lado esquerdo. Com uma enorme dor no coração, joguei tudo no lixo. Naquela noite, a figura do fim dos créditos assombraram meus sonhos, em vez de ver a família Banks sentada no sofá... era a minha própria, comigo no meio, sorrindo...''
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Carazi
Existem relatos de uma criatura chamada Carazi, que algumas pessoas afirmam já ter visto pela noite em algum lugar da casa. O que se sabe sobre ele é que aparenta ser um menino de seis anos de idade, porém o que o diferencia de uma criança normal é que o olho dele é totalmente negro, sem íris e no escuro causa certo reflexo, ele também não tem uma boca, onde deveria ter uma, há apenas pele como no resto do rosto. Alguns também dizem que ele tem garras nas mãos ao invés de dedos. O Carazi entra à noite na casa das pessoas em qualquer cômodo, menos nos quartos, e procura algum canto escuro, geralmente em baixo ou atrás de armários, sofás, estantes, ou na parte de cima, caso haja local para se esconder. Mas ele não está limitado a espaços que uma criança estaria, ele contorce e espreme o corpo de forma horrenda para entrar em qualquer lugar e ficar ali. Durante à noite ele fica observando qualquer movimento pela casa, e quando alguém se levanta para fazer algo como ir ao banheiro ou beber água, ele passa a observar a pessoa, causando efeitos como insônia e pesadelos. O Carazi é muito silencioso em seus movimentos e gosta de ficar observando, mas às vezes é possível ouvir os seus passos pela casa quando está mudando de lugar, sua respiração feita apenas pelo nariz quando o ambiente está muito quieto, ou mesmo algum objeto que ele encoste. Depois que o Carazi vê a primeira pessoa, é como se recebesse a permissão pra entrar no quarto dela, e assim ele vai para o quarto da pessoa. Normalmente enquanto ela está no banheiro ou cozinha, ele aproveita o momento para ir até o quarto e se esconder em algum lugar, sendo que o mais comum é em baixo da cama. Aí é que as coisas começam a piorar, as pessoas ouvem barulhos noturnos muitas vezes sem saber o que são. As coisas variam, tem gente que ouve alguém arranhando em baixo da cama, outros que ouvem algum barulho próximo, mas apesar de acharem estranho, ignoram achando que é só uma coincidência. A presença do Carazi causa um grande mau estar na pessoa, fazendo com que inicialmente tenha dificuldades em dormir apenas, mas depois comece a ter insônia e às vezes virar noites inteiras acordado, sem saber que ele está ali observando. Com o passar do tempo, a pessoa passa a ver a criatura ali, sentir quando ela está perto, e a ficar paranóicas, alguns chegando até mesmo a enxergá-la durante o dia, em cima de estantes, em baixo de mesas, mas as outras pessoas não veem e acabam considerando a vítima paranóica. Algumas pessoas até mesmo desistem de falar sobre o assunto e apenas olham o Carazi e fingem que ele não está ali. Então, quando levantar à noite e não ligar a luz, mas ter a impressão de que viu um vulto de uma pessoa no escuro, se prepare porque pode ser que não tenha sido apenas impressão. Quando você estiver em sua cama embrulhado e ouvir um som estranho ao lado ou em baixo da cama, ou ter a sensação de estar sendo observando, pode ser que ele tenha sido convidado pra entrar no seu quarto.
Episódios banidos - parte 3 (Os simpsons)
O número de produção que o episódio carregava era 7G44 e o nome era Dead Bart (Bart Morto). Nele era apresentado uma viagem de avião em que parece tudo normal no início apesar dos personagens parecerem destacar um pouco mais algumas características negativas, como por exemplo Homer parece mais nervoso, Marge mais melancólica, Lisa mais ansiosa e Bart um grande ódio pelos pais. Uma das ideias iniciais do desenho, era apesar de ser uma comédia, ser também uma simulação da vida que as pessoas se identificassem, sendo assim o personagem Bart apareceria apenas na primeira temporada e acabaria morrendo, o objetivo disso era causar impacto e fazer com que muitos se identificassem e vissem de uma forma realista Springfield, mostrando não só pessoas parecidas com as que conhecemos, mas também situações ruins. E esse episódio foi o escolhido para que Bart morresse. Em certo momento o personagem acaba quebrando o vidro do avião e é sugado pra fora dele, após a cena, é mostrado a imagem do cadáver de Bart, mas como o objetivo era causar impacto, fizeram uma imagem foto realística do garoto apresentando diversos detalhes de forma bastante horrenda e totalmente deformado, irreconhecível, essa cena não tinha animação, apenas a imagem era mostrada por alguns segundos. A cena seguinte mostrada a família Simpson chorando, e aos poucos o choro ia ficando mais intenso e se destacando na cena fazendo ficar de certa forma assustadora com a mistura de vários choros dos personagens que aumentam cada vez mais até poder ser ouvido também murmúrios, e após algum tempo, a cena termina. Após isso é mostrado um ano depois com todos os personagens bastante magros indo ao cemitério para visitar o túmulo de Bart, Springfield é mostrada de uma forma muito mais sombria e ao chegarem no cemitério há uma surpresa pois é apresentado o corpo do Bart exposto em frente à sua lápide; e novamente é mostrada a cena foto realista do corpo deformado. Eles choram mas dessa vez é algo mais rápido e a camera mostra o rosto de Homer, nesse momento ele fala algo engraçado que finaliza o episódio deixando-o mais suave, mas na versão que se tem na internet não dá pra ouvir o que ele diz. A cena seguinte mostra algo que chama a atenção, ela mostra as lápides de diversos convidados especiais que apareceram nos Simpsons, não apenas em 1989, mas artistas e famosos em geral que ainda nem ao menos tinham aparecido no desenho ainda e o mais estranho é que nelas haviam datas de suas mortes e algumas batiam. Há rumores de algo muito mais sinistro por trás desse episódio e essa parte das lápides, os simpatizantes de teoria da conspiração dizem que há algum tipo de pacto entre diversos artistas, incluindo o criador dos simpsons que eles sabem exatamente quando irão morrer e o motivo exato ninguém pode dizer, mas alguns chutam que são pessoas que venderam a alma por poder e ali está a data de suas mortes. Parece algo ao estilo aquelas conspirações illuminati. Há também quem diga que a cena das lápides foi inventada, visto que não se sabe de uma versão completa do desenho.
Episódios banidos - parte 2 (Bob esponja)
'' Eu era um estagiário nos Estúdios da Nickelodeon em 2005, por causa da
minha graduação em animação. Eu não era pago, claro, a maioria dos estagiários não são, mas tive algumas vantagens além do aprendizado. Para os adultos não é grande coisa, mas a maioria das crianças na época se matariam por isso, já que trabalhava com editores e animadores, eu conseguia ver os novos episódios dias antes de serem lançados. Vou direto ao assunto sem maiores detalhes desnecessários; recentemente eles haviam criado o filme do Bob Esponja e todos os funcionários estavam sem criatividade, então demorava mais para começar a nova temporada. Mas o atraso durou mais ainda por causa de uma virada inesperada. Teve um problema com a premier da 4ª temporada que fez com que tudo e todos parassem por alguns meses. Eu e mais dois estagiários estávamos na sala de edição juntamente com os chefes de animação e os editores de som para os ajustes finais. Nós recebemos uma cópia do que seria o episódio ''Medo de Hambúrger de Siri e nos juntamos em frente à televisão para assistir. Os animadores geralmente colocavam títulos engraçados, numa espécie de piada interna entre nós, já que a animação ainda não estava finalizada. Então quando lemos o ''O Suicídio do Lula Molusco''; não pensamos em nada além de que seria uma piada mórbida. Um dos estagiários até riu do título. A música tema tocava normalmente. A história começava com Lula Molusco praticando com sua clarineta, tocando algumas notas ruins como sempre. Ouvimos Bob Esponja rindo do lado de fora e Lula Molusco pede, gritando para ele ficar calado, já que teria um concerto naquela noite e ele precisava praticar. Bob Esponja diz okay e vai visitar Sandy com o Patrick. As bolhas de mudança de cena aparecem e vemos o final do concerto de Lula Molusco. É quando as coisas começam a ficar estranhas. Enquanto toca, alguns frames começam a se repetir, mas o som não (nesse ponto, o som já está sincronizado com a animação, então, não, isso não é comum) mas quando ele para de tocar, o som termina naturalmente, como se o corte não tivesse acontecido. Há um leve murmuro na plateia antes de começarem a vaiarem-no. Não uma vaia normal de desenho que se ouve normalmente, podia-se ouvir malícia nela. Lula Molusco aparece em tela cheia, e ele está visivelmente assustado. O corte vai para a plateia, com Bob Esponja ao centro, e ele também está vaiando, coisa que nunca faria. E não é a única coisa estranha; o mais esquisito era que todos possuíam olhos hiper-realísticos, super detalhados, com as pupilas vermelhas. Não eram imagens de olhos de pessoas reais, mas era algo mais real que... Alguns de nós nos encaramos, obviamente confusos, mas já que não éramos os roteiristas, não questionamos ainda como aquilo poderia afetar às crianças. A cena muda para Lula Molusco, sentado na beira de sua cama, parecendo desesperado. A vista da janela de seu quarto mostra o céu noturno, então não se passou muito tempo depois do concerto. O que mais incomodava era que não havia som. Literalmente sem som. Era como se tivessem desligado os alto-falantes da sala, embora estivessem funcionando perfeitamente. Lula Molusco só estava sentado lá, piscando, envolto em silêncio por 30 segundos, então ele começou a soluçar baixinho. Ele colocou suas mãos (tentáculos) sobre seus olhos e começou a chorar silenciosamente por um minuto ou mais, tudo isso enquanto o som de fundo ia aumentando devagar, tornando-se nada mais que um som bem difícil de distinguir. Parecia mais como uma brisa passando por uma floresta. A tela lentamente começou a se aproximar de seu rosto. Quando digo devagar, quero dizer que só se pode notar a aproximação se você olhar as cenas separadamente. Seus soluços aumentam, cada vez mais cheios de dor e raiva. A tela treme um pouco, como se fosse torcida, por alguns segundos e depois volta a o normal. O som de vento-através-das-árvores fica cada vez mais alto e mais severo, como se uma tempestade estivesse se aproximando. A parte mais estranha era o som e os soluços do Lula Molusco. Eram tão reais, como se o som não viesse dos alto-falantes. O som do estúdio já era de boa qualidade, então eles não possuíam um equipamento tão avançado a ponto de produzir um som daqueles. Além do som do vento e dos soluços, bem baixo, podia-se ouvir um som parecido com o de risadas. Vinha em intervalos aleatórios e não durava mais que um segundo, então demorava para percebê-lo (assistimos ao episódio duas vezes, então me perdoe se algumas coisas soam muito específicas, mas eu tive bastante tempo para analisá-las). Depois de 30 segundos disso, a tela embaçou e tremeu violentamente, e alguma coisa apareceu rapidamente nela, como se um único quadro tivesse sido trocado. O animador principal pausou e voltou quadro a quadro. O que vimos era horrível. Era a foto de uma criança morta. Ele não tinha mais do que 6 anos. O rosto estava desfigurado e ensanguentado, um olho estava pendurado para fora de seu rosto contorcido. Ele estava nu, exceto pela roupa de baixo, seu estômago fora aberto violentamente. Ele esteva deitado em uma espécie de pavimento, provavelmente uma estrada. A parte mais assustadora era a sombra do fotógrafo. Não havia fita de isolamento, nem marcadores de evidência, e o ângulo era totalmente diferente daqueles para foto policial. Parecia que o fotógrafo era a pessoa responsável pela morte da criança. Nós estávamos, obviamente, mortificados, mas continuanos, esperando que fosse apenas uma piada doentia. A tela voltou para Lula Molusco, ainda soluçando, mas mais alto que antes, e metade de seu corpo aparecia na tela agora. Algo parecido com sangue escorria de seus olhos. O sangue também era hiper-realista, parecia que você podia tocá-lo e sentí-lo nos dedos. O vento agora soava como se um vendaval açoitasse a floresta; havia até o som de galhos se partindo. A risada, um barítono profundo, aparecia em intervalos maiores e durava mais. Depois de 20 segundos, a tela tremeu novamente e mostrou um único frame diferente. O editor estava relutante em voltar a cena, todos nós estávamos, mas sabíamos que tínhamos que fazer. Dessa vez a foto era do que parecia ser uma garotinha, não muito mais velha que a primeira criança. Ela estava deitada de barriga pra baixo, em uma poça de sangue. Seu olho esquerdo estava saltado para fora da órbita e ela estava nua, exceto pela roupa de baixo. Suas entranhas estavam empilhadas sobre um corte em suas costas. Novamente o corpo estava na rua, e a sombra do fotógrafo era visível, muito similar no tamanho na forma vistos na primeira foto. Eu me segurei para não vomitar, e outra estagiária, a única mulher da sala, saiu correndo. O episódio continuou 5 segundos após a segunda foto ter aparecido, Lula Molusco ficou em silêncio, como quando essa cena toda começara. Ele abaixou seus tentáculos e seus olhos estavam hiper-realistas, como os dos outros no começo do episódio. Eles sangravam, estavam injetados, e pulsavam. Ele apenas encarou a tela, como se assistisse ao espectador. Depois de 10 segundos, ele começou a soluçar novamente, dessa vez não cobrindo seus olhos. O som era profundo e alto, e agora estava misturado à gritos, o que era ainda mais amedrontador. Lágrimas e sangue corriam por sua face pesadamente. O som de vento voltara, assim como a voz que ria, e dessa vez a próxima foto que aparecera durou por cinco quadros. O animador conseguiu parar a cena no quarto quadro. Dessa vez a foto era de um garoto, da mesma idade da criança da foto anterior, mas dessa vez a cena era diferente: As entranhas estavam sendo puxadas para fora de um corte no estômago por uma mão grande. O olho direto estava pendurado, sangue jorrava dele. O animador continuou. Era difícil de acreditar, mas a foto seguinte era a mesma, mas havia algo de diferente nela, algo que não conseguíamos perceber exatamente. O animador voltou para o primeiro quadro e os acelerou. Eu vomitei no chão e os editores de animação e som ficaram mortificados com o que viram. Os cinco quadros, quando acelerados juntos, pareciam quadros de um vídeo. Podíamos ver a mão lentamente erguer as tripas da criança, vimos os olhos dela focarem-se em seu assassino, nós até vimos, em dois frames, a criança piscar. O diretor de edição de som nos mandou parar, ele tinha que ligar para o criador da série e mandá-lo ver aquilo. Mr. Hillenburg chegou depois de 15 minutos. Ele estava confuso com o porquê de ter sido chamado ali, o editor continuou o episódio. Após aqueles quadros terem passado, toda a gritaria e todo som para novamente. Lula Molusco estava apenas encarando o espectador, seu rosto estava na tela toda, ficou por três segundos. A cena afastou-se e aquela voz profunda disse ''FAÇA''. Podemos ver uma arma nas mãos de Lula Molusco. Imediatamente ele coloca a arma em sua boca e puxa o gatilho. Sangue e cérebro bem realistas espalharam-se na parede atrás dele e em sua cama, ele voou para trás com a força do tiro. Os últimos cinco segundos do episódio mostrava seu corpo na cama, um olho pendurava-se para fora do que restava de sua cabeça, encarando o nada. Então o episódio acabou. Mr.Hillenburg obviamente ficou furioso com aquilo. Ele imediatamente quis saber o que diabos estava acontecendo. Muitas pessoas já haviam deixado a sala àquela altura, então apenas alguns de nós assistimos ao episódio novamente. Ver o episódio mais uma vez apenas colaborou para fixar mais ainda tudo na minha mente e me causar pesadelos terríveis. Me arrependo de ter ficado. ''
minha graduação em animação. Eu não era pago, claro, a maioria dos estagiários não são, mas tive algumas vantagens além do aprendizado. Para os adultos não é grande coisa, mas a maioria das crianças na época se matariam por isso, já que trabalhava com editores e animadores, eu conseguia ver os novos episódios dias antes de serem lançados. Vou direto ao assunto sem maiores detalhes desnecessários; recentemente eles haviam criado o filme do Bob Esponja e todos os funcionários estavam sem criatividade, então demorava mais para começar a nova temporada. Mas o atraso durou mais ainda por causa de uma virada inesperada. Teve um problema com a premier da 4ª temporada que fez com que tudo e todos parassem por alguns meses. Eu e mais dois estagiários estávamos na sala de edição juntamente com os chefes de animação e os editores de som para os ajustes finais. Nós recebemos uma cópia do que seria o episódio ''Medo de Hambúrger de Siri e nos juntamos em frente à televisão para assistir. Os animadores geralmente colocavam títulos engraçados, numa espécie de piada interna entre nós, já que a animação ainda não estava finalizada. Então quando lemos o ''O Suicídio do Lula Molusco''; não pensamos em nada além de que seria uma piada mórbida. Um dos estagiários até riu do título. A música tema tocava normalmente. A história começava com Lula Molusco praticando com sua clarineta, tocando algumas notas ruins como sempre. Ouvimos Bob Esponja rindo do lado de fora e Lula Molusco pede, gritando para ele ficar calado, já que teria um concerto naquela noite e ele precisava praticar. Bob Esponja diz okay e vai visitar Sandy com o Patrick. As bolhas de mudança de cena aparecem e vemos o final do concerto de Lula Molusco. É quando as coisas começam a ficar estranhas. Enquanto toca, alguns frames começam a se repetir, mas o som não (nesse ponto, o som já está sincronizado com a animação, então, não, isso não é comum) mas quando ele para de tocar, o som termina naturalmente, como se o corte não tivesse acontecido. Há um leve murmuro na plateia antes de começarem a vaiarem-no. Não uma vaia normal de desenho que se ouve normalmente, podia-se ouvir malícia nela. Lula Molusco aparece em tela cheia, e ele está visivelmente assustado. O corte vai para a plateia, com Bob Esponja ao centro, e ele também está vaiando, coisa que nunca faria. E não é a única coisa estranha; o mais esquisito era que todos possuíam olhos hiper-realísticos, super detalhados, com as pupilas vermelhas. Não eram imagens de olhos de pessoas reais, mas era algo mais real que... Alguns de nós nos encaramos, obviamente confusos, mas já que não éramos os roteiristas, não questionamos ainda como aquilo poderia afetar às crianças. A cena muda para Lula Molusco, sentado na beira de sua cama, parecendo desesperado. A vista da janela de seu quarto mostra o céu noturno, então não se passou muito tempo depois do concerto. O que mais incomodava era que não havia som. Literalmente sem som. Era como se tivessem desligado os alto-falantes da sala, embora estivessem funcionando perfeitamente. Lula Molusco só estava sentado lá, piscando, envolto em silêncio por 30 segundos, então ele começou a soluçar baixinho. Ele colocou suas mãos (tentáculos) sobre seus olhos e começou a chorar silenciosamente por um minuto ou mais, tudo isso enquanto o som de fundo ia aumentando devagar, tornando-se nada mais que um som bem difícil de distinguir. Parecia mais como uma brisa passando por uma floresta. A tela lentamente começou a se aproximar de seu rosto. Quando digo devagar, quero dizer que só se pode notar a aproximação se você olhar as cenas separadamente. Seus soluços aumentam, cada vez mais cheios de dor e raiva. A tela treme um pouco, como se fosse torcida, por alguns segundos e depois volta a o normal. O som de vento-através-das-árvores fica cada vez mais alto e mais severo, como se uma tempestade estivesse se aproximando. A parte mais estranha era o som e os soluços do Lula Molusco. Eram tão reais, como se o som não viesse dos alto-falantes. O som do estúdio já era de boa qualidade, então eles não possuíam um equipamento tão avançado a ponto de produzir um som daqueles. Além do som do vento e dos soluços, bem baixo, podia-se ouvir um som parecido com o de risadas. Vinha em intervalos aleatórios e não durava mais que um segundo, então demorava para percebê-lo (assistimos ao episódio duas vezes, então me perdoe se algumas coisas soam muito específicas, mas eu tive bastante tempo para analisá-las). Depois de 30 segundos disso, a tela embaçou e tremeu violentamente, e alguma coisa apareceu rapidamente nela, como se um único quadro tivesse sido trocado. O animador principal pausou e voltou quadro a quadro. O que vimos era horrível. Era a foto de uma criança morta. Ele não tinha mais do que 6 anos. O rosto estava desfigurado e ensanguentado, um olho estava pendurado para fora de seu rosto contorcido. Ele estava nu, exceto pela roupa de baixo, seu estômago fora aberto violentamente. Ele esteva deitado em uma espécie de pavimento, provavelmente uma estrada. A parte mais assustadora era a sombra do fotógrafo. Não havia fita de isolamento, nem marcadores de evidência, e o ângulo era totalmente diferente daqueles para foto policial. Parecia que o fotógrafo era a pessoa responsável pela morte da criança. Nós estávamos, obviamente, mortificados, mas continuanos, esperando que fosse apenas uma piada doentia. A tela voltou para Lula Molusco, ainda soluçando, mas mais alto que antes, e metade de seu corpo aparecia na tela agora. Algo parecido com sangue escorria de seus olhos. O sangue também era hiper-realista, parecia que você podia tocá-lo e sentí-lo nos dedos. O vento agora soava como se um vendaval açoitasse a floresta; havia até o som de galhos se partindo. A risada, um barítono profundo, aparecia em intervalos maiores e durava mais. Depois de 20 segundos, a tela tremeu novamente e mostrou um único frame diferente. O editor estava relutante em voltar a cena, todos nós estávamos, mas sabíamos que tínhamos que fazer. Dessa vez a foto era do que parecia ser uma garotinha, não muito mais velha que a primeira criança. Ela estava deitada de barriga pra baixo, em uma poça de sangue. Seu olho esquerdo estava saltado para fora da órbita e ela estava nua, exceto pela roupa de baixo. Suas entranhas estavam empilhadas sobre um corte em suas costas. Novamente o corpo estava na rua, e a sombra do fotógrafo era visível, muito similar no tamanho na forma vistos na primeira foto. Eu me segurei para não vomitar, e outra estagiária, a única mulher da sala, saiu correndo. O episódio continuou 5 segundos após a segunda foto ter aparecido, Lula Molusco ficou em silêncio, como quando essa cena toda começara. Ele abaixou seus tentáculos e seus olhos estavam hiper-realistas, como os dos outros no começo do episódio. Eles sangravam, estavam injetados, e pulsavam. Ele apenas encarou a tela, como se assistisse ao espectador. Depois de 10 segundos, ele começou a soluçar novamente, dessa vez não cobrindo seus olhos. O som era profundo e alto, e agora estava misturado à gritos, o que era ainda mais amedrontador. Lágrimas e sangue corriam por sua face pesadamente. O som de vento voltara, assim como a voz que ria, e dessa vez a próxima foto que aparecera durou por cinco quadros. O animador conseguiu parar a cena no quarto quadro. Dessa vez a foto era de um garoto, da mesma idade da criança da foto anterior, mas dessa vez a cena era diferente: As entranhas estavam sendo puxadas para fora de um corte no estômago por uma mão grande. O olho direto estava pendurado, sangue jorrava dele. O animador continuou. Era difícil de acreditar, mas a foto seguinte era a mesma, mas havia algo de diferente nela, algo que não conseguíamos perceber exatamente. O animador voltou para o primeiro quadro e os acelerou. Eu vomitei no chão e os editores de animação e som ficaram mortificados com o que viram. Os cinco quadros, quando acelerados juntos, pareciam quadros de um vídeo. Podíamos ver a mão lentamente erguer as tripas da criança, vimos os olhos dela focarem-se em seu assassino, nós até vimos, em dois frames, a criança piscar. O diretor de edição de som nos mandou parar, ele tinha que ligar para o criador da série e mandá-lo ver aquilo. Mr. Hillenburg chegou depois de 15 minutos. Ele estava confuso com o porquê de ter sido chamado ali, o editor continuou o episódio. Após aqueles quadros terem passado, toda a gritaria e todo som para novamente. Lula Molusco estava apenas encarando o espectador, seu rosto estava na tela toda, ficou por três segundos. A cena afastou-se e aquela voz profunda disse ''FAÇA''. Podemos ver uma arma nas mãos de Lula Molusco. Imediatamente ele coloca a arma em sua boca e puxa o gatilho. Sangue e cérebro bem realistas espalharam-se na parede atrás dele e em sua cama, ele voou para trás com a força do tiro. Os últimos cinco segundos do episódio mostrava seu corpo na cama, um olho pendurava-se para fora do que restava de sua cabeça, encarando o nada. Então o episódio acabou. Mr.Hillenburg obviamente ficou furioso com aquilo. Ele imediatamente quis saber o que diabos estava acontecendo. Muitas pessoas já haviam deixado a sala àquela altura, então apenas alguns de nós assistimos ao episódio novamente. Ver o episódio mais uma vez apenas colaborou para fixar mais ainda tudo na minha mente e me causar pesadelos terríveis. Me arrependo de ter ficado. ''
Episódios banidos - parte 1 (Chaves)
No fim dos anos 90 foi feito um trabalho de conclusão de curso para a PUC-PR que fica na cidade de Curitiba no entanto havia algo no trabalho que chamava muito a atenção, ele falava sobre um sombrio episódio de Chaves que teria gerado o verdadeiro motivo pelo qual Quico acabou saindo do programa, confira o conteúdo retirado da monografia:
" No final de 1977, Carlos Villagrán, que desde o início da série interpretava o Quico no Chaves, deixa a série. Os motivos reais nunca foram oficialmente divulgados, e inúmeras hipóteses foram levantadas na tentativa de explicar sua saída. O que é certo, é que Villagrán e Roberto Gomes Bolaños, criador da série e intérprete do personagem-título, nunca mais retomaram a amizade que mantinham desde o início dos anos 70. Em 1977, quando da saída de Villagrán, o jornal mexicano El Universal publicou uma matéria que explicava as razões da rusga entre Villagrán e Bolaños. Segundo o periódico, a saída do Quico deu-se por diferenças criativas. Durante as filmagens de um episódio que abriria a temporada de 1978 do programa, Villagrán teria considerado o conteúdo do programa como repulsivo, e deixado a equipe na sequência. Contudo, o jornal não dizia qual era o conteúdo do episódio em questão. Supostamente, o jornal teve acesso a uma cópia do roteiro do episódio em questão, mas não publicou nem mencionou nada acerca de seu conteúdo. Isso seria fruto de um acordo entre a diretoria do periódico com altos executivos da Televisa, que desembolsaram uma quantia substancial em dinheiro para evitar a publicação deste roteiro. É dito que cópias do tal roteiro sobreviveram, guardadas por funcionários do jornal. O episódio piloto chegou a ser gravado, e mesmo editado, para posterior apresentação perante os executivos da Televisa. É dito que eles teriam ficado horrorizados com o conteúdo. Um diretor de programação, à época, teria dito que o programa era absolutamente impróprio para crianças, e, na verdade, absolutamente impróprio para qualquer um. A gravação original deste episódio foi destruída pela Televisa. Contudo, uma cópia clandestina foi feita por um funcionário da emissora. Essa copia teria sido vendida para um colecionador argentino em 1996, numa transação que teria envolvido algo em torno de 4 mil dólares. A partir da temporada de 1974, o Chaves foi ganhando destaque na programação da Televisa, e conseguindo cada vez mais sucesso junto ao público. Bolaños, porém, artista inquieto que era, queria introduzir mudanças no programa. Poucos sabem, mas à época, Bolaños fazia planos de escrever roteiros de mistério e horror, e abandonar os humorísticos. Durante a temporada de 1975, Bolaños tenta introduzir alguns desses elementos no Chaves. Neste ano, foi ao ar o célebre episódio em que Chaves, Quico e Chiquinha entram na casa de Dona Clotilde, e lá, descobrem que ela era, de fato, uma bruxa. Originalmente, o roteiro previa que a incursão deles à casa da bruxa realmente aconteceria, e a descoberta deles teria implicações em episódios futuros. Executivos da Televisa interviram, e impuseram o final que foi ao ar: tudo não passava de um delírio das crianças. Ainda nesse ano, foi ao ar um episódio em que as travessuras e trapalhadas de Chaves fazem com que vários moradores da vila comam insetos embebidos em gasolina. O roteiro original previa um programa mais sombrio e grotesco, mas novamente foi alterado por diretores da Televisa. Nos dois anos seguintes, Bolaños continuou a introduzir elementos sobrenaturais, de horror ou mistério, nos episódios do Chaves. Episódios como aquele em que as crianças assistem um filme de terror, e a saga dos espíritos zombeteiros são frutos dessa influência de Bolaños. No início de 1978, Bolaños decidiu mudar radicalmente o programa. O Chaves, a partir de então, seria um programa de comédia com elementos de horror, mirando um público mais adulto. Mal comparando, algo semelhante à série de filmes Evil Dead. Ele escreveu um episódio piloto nessa linha, que chegou a ser filmado e exibido aos executivos de programação da Telesiva. A reação foi absolutamente negativa. Os executivos vetaram terminantemente a mudança de rumo proposta por Bolaños. Carlos Villágran, o Quico, ficou tão horrorizado com o resultado final do episódio que deixou a série. Uma sinopse do conteúdo de tão controverso episódio. Essa sinopse foi escrita a partir de diversos depoimentos de funcionários da Televisa que chegaram a ver o programa finalizado e editado, ou que participaram da gravação, ou mesmo que tiveram acesso ao roteiro. O episódio começa com Chaves brincando no pátio da vila, indo para lá e pra cá em um patinete. Quico sai de sua casa, vê Chaves brincando e faz expressão zangada. Vai até ele, e segura o guidon do patinete com as duas mãos. Segue-se um diálogo:
-Chaves, quem te deu permissão para mexer nos meus brinquedos?
-É que o patinete estava jogado ali no outro pátio e eu... eu...
-Eu coisa nenhuma Chaves, devolve aqui meu patinete.
Ato contínuo, Quico puxa o patinete bruscamente, derrubando o Chaves. Quico deixa o patinete no chão e ri escandalosamente. Chaves levanta, pega do patinete, empunha-o e avança sobre Quico.
-Agora você vai ver só uma coisa, Quico!
Quico corre e grita Mamãe!. Neste meio tempo, Seu Madruga sai de sua casa, e toma o patinete de Chaves, impedindo que ele acerte Quico. Dona Florinda vem para o pátio, apressadamente.
-Mamãe, ele queria me bater com o patinete!
Dona Florinda dá um tapa em Seu Madruga. Diz:
-Vamos tesouro. Não se junte com essa gentalha.
Volta para dentro. Quico aplica o tradicional gentalha gentalha em Seu Madruga, e também volta para sua casa. Nesse momento, um primeiro plano de Seu Madruga revela que seu nariz está sangrando. Ele tenta estancar o sangramento, sob o olhar preocupado de Chaves, mas sem sucesso. Ambas as narinas deitam uma grande quantidade de sangue, até que Seu Madruga cai no chão do pátio, corta para Quico, Chiquinha e Chaves na escada da vila. A iluminação do cenário sugere ser noite. Os três choram muito. Em Chaves, cada personagem possui um modo característico de chorar, mas neste momento, não. Eles choram de forma comum, aos soluços. Esse plano dura aproximadamente 1 minuto. Em seguida, chegam o Professor Girafales e Seu Barriga, acompanhados de 2 policiais. Eles dirigem-se à casa de Dona Florinda. O Professor bate na porta, ninguém atende. Ele chama:
-Dona Florinda, abra a porta por favor.
Não há resposta. O professor abre a porta, os policiais entram, e saem com Dona Florinda algemada. Seu rosto exibe uma imensa apatia enquanto os policiais a levam. Quico, ao ver sua mãe sendo levada, desespera-se: tenta atacar os policiais, mas é contido por Seu Barriga. Dona Florinda nem parece tomar conhecimento da situação, mantendo sempre a expressão apática e o olhar vazio. Quico, seguro por Seu Barriga, chora muito e balbucia mamãe algumas vezes. Depois que os policiais deixam a vila, levando Dona Florinda, Seu Barriga tenta consolar Quico, mas ele corre para casa. Segue-se um diálogo entre Seu Barriga e Professor Girafales:
- Que tragédia horrível tivemos aqui, Senhor Barriga.
- É verdade professor. Eu devia ter previsto que isso acabaria acontecendo.
- Qual foi a causa da morte?
- Seu Madruga foi boxeador na juventude. Os socos que ele levava causaram um afundamento no crânio. O tapa que a Dona Florinda deu hoje causou um traumatismo bem nessa região. Ele teve uma hemorragia cerebral e não resistiu.
-Uma tragédia horrível, Senhor Barriga!
-Sim.
-Quem cuidará dos preparativos do funeral?
-Eu cuido de tudo Professor. Não se preocupe. O senhor vai ficar aqui com as crianças?
-Sim, naturalmente.
Seu Barriga deixa a vila. Professor Girafales entra na casa de Dona Florinda. Chiquinha e Chaves continuam sentados na escada. Agora, pararam de chorar, apenas olham fixamente para o vazio. Dona Clotilde sai de sua casa e vem em direção às crianças. Ela usa uma roupa diferente do que costumamos ver, uma espécie de roupão preto com vários símbolos bordados em vermelho e roxo. Nesse momento, os depoimentos são contraditórios. Há quem afirme que Dona Clotilde traz consigo um livro semelhante à uma Bíblia. Outros dizem que a fita falha quando ela aparece, e só volta ao normal num momento mais avançado do episódio. Uma fonte descreve que Dona Clotilde vai até a escada e conversa, aos cochichos, com Chiquinha. O que é consenso é o conteúdo que vem na sequência. O pátio da vila está vazio, a iluminação é mais tênue do que na sequência anterior, provavelmente sugerindo que a noite está mais avançada. Uma panorâmica pelo cenário mostra as escadas vazias, em seguida o centro do pátio, onde está desenhado um grande pentagrama vermelho; e em seguida Chiquinha sentada à porta de sua casa, abraçando os joelhos. Seus pulsos estão enfaixados, e as bandagens sujas de algo que parece ser sangue. Então, começa a ventar no pátio. Ouvimos um estrondo, é a porta da frente se abrindo. Corta para um reaction shot de Chiquinha: seus olhos estão arregalados, sua boca entreaberta, uma expressão de puro horror. Ouvimos o som de algo pegajoso. Nunca é possível ver claramente o que ou quem entrou no pátio, mas planos breves, de no máximo 1 segundo, mostram uma figura magra, enrolada num pano branco, deixando atrás de si um rastro de uma substância pegajosa, aparentemente negra. A figura aproxima-se. Novo reaction shot de Chiquinha: agora ela sorri. A partir daí, os depoimentos novamente tornam-se contraditórios. Há quem afirme que a fita só apresentava estática depois dessa cena. Outros afirmam que não, mas não souberam dizer o que acontecia depois. Outros preferiram apenas não dizer nada. O que é certo é que o episódio teve péssima recepção junto aos executivos da Televisa, e que Carlos Villagran deixou o programa em seguida. Supostamente, uma cópia do episódio existe no acervo de um colecionador argentino, mas, procurado para este trabalho, ele negou veemente possuí-la, e pediu para não ter o nome divulgado. Diz-se que Bolaños pretendia desdobrar os acontecimentos desse episódio ao longo daquela temporada do Chaves. Não se sabe exatamente o que ele tinha em mente, mas funcionários da Televisa que tiveram acesso à fragmentos do conteúdo, por meio de anotações que Bolaños fazia em seus cadernos; ou mesmo em conversas com o Chesperito, dizem tratar-se de um material absolutamente sombrio e perturbador, obviamente inadequado para um humorístico infantil.
" No final de 1977, Carlos Villagrán, que desde o início da série interpretava o Quico no Chaves, deixa a série. Os motivos reais nunca foram oficialmente divulgados, e inúmeras hipóteses foram levantadas na tentativa de explicar sua saída. O que é certo, é que Villagrán e Roberto Gomes Bolaños, criador da série e intérprete do personagem-título, nunca mais retomaram a amizade que mantinham desde o início dos anos 70. Em 1977, quando da saída de Villagrán, o jornal mexicano El Universal publicou uma matéria que explicava as razões da rusga entre Villagrán e Bolaños. Segundo o periódico, a saída do Quico deu-se por diferenças criativas. Durante as filmagens de um episódio que abriria a temporada de 1978 do programa, Villagrán teria considerado o conteúdo do programa como repulsivo, e deixado a equipe na sequência. Contudo, o jornal não dizia qual era o conteúdo do episódio em questão. Supostamente, o jornal teve acesso a uma cópia do roteiro do episódio em questão, mas não publicou nem mencionou nada acerca de seu conteúdo. Isso seria fruto de um acordo entre a diretoria do periódico com altos executivos da Televisa, que desembolsaram uma quantia substancial em dinheiro para evitar a publicação deste roteiro. É dito que cópias do tal roteiro sobreviveram, guardadas por funcionários do jornal. O episódio piloto chegou a ser gravado, e mesmo editado, para posterior apresentação perante os executivos da Televisa. É dito que eles teriam ficado horrorizados com o conteúdo. Um diretor de programação, à época, teria dito que o programa era absolutamente impróprio para crianças, e, na verdade, absolutamente impróprio para qualquer um. A gravação original deste episódio foi destruída pela Televisa. Contudo, uma cópia clandestina foi feita por um funcionário da emissora. Essa copia teria sido vendida para um colecionador argentino em 1996, numa transação que teria envolvido algo em torno de 4 mil dólares. A partir da temporada de 1974, o Chaves foi ganhando destaque na programação da Televisa, e conseguindo cada vez mais sucesso junto ao público. Bolaños, porém, artista inquieto que era, queria introduzir mudanças no programa. Poucos sabem, mas à época, Bolaños fazia planos de escrever roteiros de mistério e horror, e abandonar os humorísticos. Durante a temporada de 1975, Bolaños tenta introduzir alguns desses elementos no Chaves. Neste ano, foi ao ar o célebre episódio em que Chaves, Quico e Chiquinha entram na casa de Dona Clotilde, e lá, descobrem que ela era, de fato, uma bruxa. Originalmente, o roteiro previa que a incursão deles à casa da bruxa realmente aconteceria, e a descoberta deles teria implicações em episódios futuros. Executivos da Televisa interviram, e impuseram o final que foi ao ar: tudo não passava de um delírio das crianças. Ainda nesse ano, foi ao ar um episódio em que as travessuras e trapalhadas de Chaves fazem com que vários moradores da vila comam insetos embebidos em gasolina. O roteiro original previa um programa mais sombrio e grotesco, mas novamente foi alterado por diretores da Televisa. Nos dois anos seguintes, Bolaños continuou a introduzir elementos sobrenaturais, de horror ou mistério, nos episódios do Chaves. Episódios como aquele em que as crianças assistem um filme de terror, e a saga dos espíritos zombeteiros são frutos dessa influência de Bolaños. No início de 1978, Bolaños decidiu mudar radicalmente o programa. O Chaves, a partir de então, seria um programa de comédia com elementos de horror, mirando um público mais adulto. Mal comparando, algo semelhante à série de filmes Evil Dead. Ele escreveu um episódio piloto nessa linha, que chegou a ser filmado e exibido aos executivos de programação da Telesiva. A reação foi absolutamente negativa. Os executivos vetaram terminantemente a mudança de rumo proposta por Bolaños. Carlos Villágran, o Quico, ficou tão horrorizado com o resultado final do episódio que deixou a série. Uma sinopse do conteúdo de tão controverso episódio. Essa sinopse foi escrita a partir de diversos depoimentos de funcionários da Televisa que chegaram a ver o programa finalizado e editado, ou que participaram da gravação, ou mesmo que tiveram acesso ao roteiro. O episódio começa com Chaves brincando no pátio da vila, indo para lá e pra cá em um patinete. Quico sai de sua casa, vê Chaves brincando e faz expressão zangada. Vai até ele, e segura o guidon do patinete com as duas mãos. Segue-se um diálogo:
-Chaves, quem te deu permissão para mexer nos meus brinquedos?
-É que o patinete estava jogado ali no outro pátio e eu... eu...
-Eu coisa nenhuma Chaves, devolve aqui meu patinete.
Ato contínuo, Quico puxa o patinete bruscamente, derrubando o Chaves. Quico deixa o patinete no chão e ri escandalosamente. Chaves levanta, pega do patinete, empunha-o e avança sobre Quico.
-Agora você vai ver só uma coisa, Quico!
Quico corre e grita Mamãe!. Neste meio tempo, Seu Madruga sai de sua casa, e toma o patinete de Chaves, impedindo que ele acerte Quico. Dona Florinda vem para o pátio, apressadamente.
-Mamãe, ele queria me bater com o patinete!
Dona Florinda dá um tapa em Seu Madruga. Diz:
-Vamos tesouro. Não se junte com essa gentalha.
Volta para dentro. Quico aplica o tradicional gentalha gentalha em Seu Madruga, e também volta para sua casa. Nesse momento, um primeiro plano de Seu Madruga revela que seu nariz está sangrando. Ele tenta estancar o sangramento, sob o olhar preocupado de Chaves, mas sem sucesso. Ambas as narinas deitam uma grande quantidade de sangue, até que Seu Madruga cai no chão do pátio, corta para Quico, Chiquinha e Chaves na escada da vila. A iluminação do cenário sugere ser noite. Os três choram muito. Em Chaves, cada personagem possui um modo característico de chorar, mas neste momento, não. Eles choram de forma comum, aos soluços. Esse plano dura aproximadamente 1 minuto. Em seguida, chegam o Professor Girafales e Seu Barriga, acompanhados de 2 policiais. Eles dirigem-se à casa de Dona Florinda. O Professor bate na porta, ninguém atende. Ele chama:
-Dona Florinda, abra a porta por favor.
Não há resposta. O professor abre a porta, os policiais entram, e saem com Dona Florinda algemada. Seu rosto exibe uma imensa apatia enquanto os policiais a levam. Quico, ao ver sua mãe sendo levada, desespera-se: tenta atacar os policiais, mas é contido por Seu Barriga. Dona Florinda nem parece tomar conhecimento da situação, mantendo sempre a expressão apática e o olhar vazio. Quico, seguro por Seu Barriga, chora muito e balbucia mamãe algumas vezes. Depois que os policiais deixam a vila, levando Dona Florinda, Seu Barriga tenta consolar Quico, mas ele corre para casa. Segue-se um diálogo entre Seu Barriga e Professor Girafales:
- Que tragédia horrível tivemos aqui, Senhor Barriga.
- É verdade professor. Eu devia ter previsto que isso acabaria acontecendo.
- Qual foi a causa da morte?
- Seu Madruga foi boxeador na juventude. Os socos que ele levava causaram um afundamento no crânio. O tapa que a Dona Florinda deu hoje causou um traumatismo bem nessa região. Ele teve uma hemorragia cerebral e não resistiu.
-Uma tragédia horrível, Senhor Barriga!
-Sim.
-Quem cuidará dos preparativos do funeral?
-Eu cuido de tudo Professor. Não se preocupe. O senhor vai ficar aqui com as crianças?
-Sim, naturalmente.
Seu Barriga deixa a vila. Professor Girafales entra na casa de Dona Florinda. Chiquinha e Chaves continuam sentados na escada. Agora, pararam de chorar, apenas olham fixamente para o vazio. Dona Clotilde sai de sua casa e vem em direção às crianças. Ela usa uma roupa diferente do que costumamos ver, uma espécie de roupão preto com vários símbolos bordados em vermelho e roxo. Nesse momento, os depoimentos são contraditórios. Há quem afirme que Dona Clotilde traz consigo um livro semelhante à uma Bíblia. Outros dizem que a fita falha quando ela aparece, e só volta ao normal num momento mais avançado do episódio. Uma fonte descreve que Dona Clotilde vai até a escada e conversa, aos cochichos, com Chiquinha. O que é consenso é o conteúdo que vem na sequência. O pátio da vila está vazio, a iluminação é mais tênue do que na sequência anterior, provavelmente sugerindo que a noite está mais avançada. Uma panorâmica pelo cenário mostra as escadas vazias, em seguida o centro do pátio, onde está desenhado um grande pentagrama vermelho; e em seguida Chiquinha sentada à porta de sua casa, abraçando os joelhos. Seus pulsos estão enfaixados, e as bandagens sujas de algo que parece ser sangue. Então, começa a ventar no pátio. Ouvimos um estrondo, é a porta da frente se abrindo. Corta para um reaction shot de Chiquinha: seus olhos estão arregalados, sua boca entreaberta, uma expressão de puro horror. Ouvimos o som de algo pegajoso. Nunca é possível ver claramente o que ou quem entrou no pátio, mas planos breves, de no máximo 1 segundo, mostram uma figura magra, enrolada num pano branco, deixando atrás de si um rastro de uma substância pegajosa, aparentemente negra. A figura aproxima-se. Novo reaction shot de Chiquinha: agora ela sorri. A partir daí, os depoimentos novamente tornam-se contraditórios. Há quem afirme que a fita só apresentava estática depois dessa cena. Outros afirmam que não, mas não souberam dizer o que acontecia depois. Outros preferiram apenas não dizer nada. O que é certo é que o episódio teve péssima recepção junto aos executivos da Televisa, e que Carlos Villagran deixou o programa em seguida. Supostamente, uma cópia do episódio existe no acervo de um colecionador argentino, mas, procurado para este trabalho, ele negou veemente possuí-la, e pediu para não ter o nome divulgado. Diz-se que Bolaños pretendia desdobrar os acontecimentos desse episódio ao longo daquela temporada do Chaves. Não se sabe exatamente o que ele tinha em mente, mas funcionários da Televisa que tiveram acesso à fragmentos do conteúdo, por meio de anotações que Bolaños fazia em seus cadernos; ou mesmo em conversas com o Chesperito, dizem tratar-se de um material absolutamente sombrio e perturbador, obviamente inadequado para um humorístico infantil.
LSD: Dream Emulator
'' Há alguns anos atrás, enquanto eu procurava por jogos paranormais ou assustadores, eu esbarrei com um de origem Japonesa, totalmente obscuro e feito para Playstation chamado “LSD: Dream Emulator”. Apesar de ter sido lançado em um número limitados de cópias, vários sites disponibilizavam para download. Obviamente, eu o baixei, converti, e comecei a jogar. Infelizmente o ISO estava corrompido – ou tinha sido ripado errado – pois eu não conseguia nada além da tela de título e, quando consegui algo mais eu via uma mistura bagunçada de cores e um som estranho, como estática de rádio. Eu tentei re-baixar o ISO várias vezes,tentando de sites diferentes, mas toda a vez acontecia a mesma coisa. Cores estranhas, e barulho confuso de estática. Tentei colocar varias perguntas em sites de jogos, mas raramente alguém já havia ouvido falar no jogo, e quase ninguém tinha jogado. Descobri então que o jogo tinha um grupo de seguidores, aqui e no Japão, e depois de muito procurar achei um grupo de fãs no yahoo dedicado ao jogo.
Eu postei uma pergunta, querendo saber se alguém tinha dado um jeito de fazer o jogo funcionar em emuladores. Então alguns dias depois eu recebi uma resposta. “Olá. eu fui membro de um dos grupos que lançou o LSD ripado. Nós conseguimos ripar com sucesso, mas nunca conseguimos fazer com que ele funcionasse em emuladores, apenas no hardware original. ” A partir desse ponto, eu tinha praticamente desistido. Eu não tinha um console de Playstation, e minha fixação por algo era curta, e eu já tinha começado a me concentrar em outras coisas, como Eversion e Yume Nikki. Então, no começo desse ano, o LSD foi lançado na Network Japonesa do Playstation. Eu então lembrei o quanto eu tinha tentado jogar, até mesmo procurado no eBay algumas vezes, na vaga esperança de achar uma cópia barata. Então, fiz uma conta, um cartão JPN PSN, e comprei o jogo. Depois de baixar e instalar, eu comecei a jogá-lo. O logo da Playstation apareceu normalmente, mas com o SCEI junto, sendo que era um jogo Japonês. Não havia tela de copyright, mas eles haviam retirado de vários outros jogos também. O vídeo da intro começou a rodar depois disso. Várias palavras diferentes e coloridas pularam pela tela, formando “Linking the Sapient Dream” (N.T: Ligando o Sonho Sapiente, em tradução livre.) várias vezes (aparentemente isso era o que significava LSD). Eu apertei o botão de circulo, e o jogo foi para a tela de título. Não havia nenhuma tela de “Press Start”, ia direto para uma com 4 opções. Start, Salvar, Carregar, e Opções. Em baixo do Start havia uma linha com texto, dizendo que dia você esteve lá. Aparecia então “a DIA 01″. Apertei Start. Uma coisa que eu tinha aprendido com aquele grupo do Yahoo, é que o primeiro dia começava em uma casa japonesa, com três andares. O conteúdo da casa era aleatório. O jogo inteiro era jogado em visão de primeira-pessoa. Eu andei pelo corredor onde comecei, e fui até uma estante de livros, quando a tela começou a ficar branca. A coisa estranha sobre esse jogo é que você pode interagir com qualquer coisa. Andar até qualquer objeto manda você para um novo lugar, o que o jogo chama de “Conectar”. O branco foi sumindo e eu estava em um campo. Eu não conseguia ver em uma distancia muito grande, pois a maior parte da área estava com uma grossa neblina. Os gráficos eram bem básicos, quase não tinha textura neles. Andei em frente, eventualmente batendo em uma árvore, o que me mandou para outro lugar. Agora, as coisas tinham ficado mais sinistras. Eu estava em uma cidade escura, em cima de um píer de metal. Um barco apareceu entre a neblina na água, e postes de luz iluminavam as ruas. Eu andei pela estrada e me deparei com várias ruas. Graffiti cobria algumas paredes, estranhos multicoloridos olhando para mim. Então eu ouvi um barulho e a tela piscou rapidamente. Eu virei pra trás. Atrás de mim, havia um homem. Ele estava usando um chapéu cinza e um casaco longo. Ele veio andando lentamente até mim, quase como se deslizasse no chão. Eu tentei andar para trás, para desviar, mas meu controle não estava respondendo. E ele estava chegando cada vez mais perto. Por um milésimo de segundo, dois pontos vermelhos apareceram por baixo de seu chapéu, então a tela piscou de novo. Dessa vez eu estava de volta na casa. Entretanto,algo havia mudado. As textura das paredes não eram mais as mesmas, haviam sido trocadas por imagens de violência real. Mulheres sendo estupradas, crianças dilaceradas, Canibalismo, um japonês esmagando os próprios dedos com um martelo. Enquanto eu me movia para dentro da casa, as imagens ficavam pior, e a musica ficou distorcida e diminuindo lentamente. O corredor era mais longo do que antes, e estava escurecendo. Eu sabia o que estava no fim do corredor. Era Ele. Eu segui em frente, o ácido estomacal na minha garganta lutando contra a ânsia de vomito, assim que as fotos subiam a níveis extremos de obscenidade e violência. Alguns passos a frente, um homem removendo as pernas de um menininho. Um pouco mais, uma mulher grávida arrancando e cortando seu próprio feto. Um pouco mais ainda, um grupo de homens cortava uma vaca em pedaços, envolvendo os órgãos internos em seus corpos. Perto do fim, pessoas sendo forçadas a comer pedaços de um cadáver infantil, vomitando enquanto comiam. Finalmente, eu cheguei no final do corredor. A tela escureceu e uma linha de texto apareceu. Eu escrevi o link (http://www.shafou.com/) rapidamente e uns segundos depois, a tela clareou até retornar aparecer o título. Nesse momento o status marcava ”D dIa 00″ Eu tentei escolher o Start de novo, mas o jogo não me deixava continuar. Eu reiniciei meu PS3, e o status voltou para “a DIA 01″. Antes de jogar novamente, eu tentei o link. Ainda funcionava, e a pagina apareceu, escrita toda em Japonês. Mais abaixo na página, havia uma imagem do homem Cinza, como ele havia aparecido. Eu não sei ler japonês, mas um dos meus amigos sabia. Ele viveu no Japão por alguns anos, então ele podia ler e falar a língua fluentemente. Eu copiei os escritos e chamei ele para minha casa. Depois que ele apareceu, eu passei a hora seguinte explicando para ele o que tinha acontecido. Obviamente, ele não acreditou em mim. Quem iria? Mas ele concordou em dar uma olhada no escritos da página. Depois de varias tentativas, eu não consegui fazer com que a página aparecesse de novo, então dei para ele a cópia que eu tinha feito. Ele olhou por alguns minutos a cópia e então ficou pálido. Ele devolveu para mim e sentou no sofá. Ele não falou nada nos 5 minutos seguintes, então ele me disse o que dizia.
“Se você está lendo isso, muito bem.
Você viu o homem como ele é.
O que ele fez comigo enquanto eu dormia, enquanto eu
sonhava o seu pesadelo obscuro, Você também
os viu. Aquelas imagens violentas
dele. Ele não tem forma, apenas o
homem dos sonhos. Ele causou tudo isso, estes
inocentes, e possessivos. Ele os fez fazer
isso. Ele me fez fazer aquele jogo.
CINZACINZACINZACINZACINZACINZA”
Assim que meu amigo terminou, ele se levantou, pegou seu casaco, e disse “Seja lá o que você viu nesse jogo, não me conte nada.” Então saiu. Na semana seguinte ele voltou para o Japão. Eu não consegui jogar aquele jogo novamente, pois estava um pouco apavorado. Algumas semanas depois de meu amigo ir para o Japão eu recebi uma ligação: Ele tinha matado um homem, e então cometeu suicídio. O homem que ele havia matado era Osamu Sato, que era o designer principal do LSD. (E sim, esse jogo REALMENTE existe) ''
Eu postei uma pergunta, querendo saber se alguém tinha dado um jeito de fazer o jogo funcionar em emuladores. Então alguns dias depois eu recebi uma resposta. “Olá. eu fui membro de um dos grupos que lançou o LSD ripado. Nós conseguimos ripar com sucesso, mas nunca conseguimos fazer com que ele funcionasse em emuladores, apenas no hardware original. ” A partir desse ponto, eu tinha praticamente desistido. Eu não tinha um console de Playstation, e minha fixação por algo era curta, e eu já tinha começado a me concentrar em outras coisas, como Eversion e Yume Nikki. Então, no começo desse ano, o LSD foi lançado na Network Japonesa do Playstation. Eu então lembrei o quanto eu tinha tentado jogar, até mesmo procurado no eBay algumas vezes, na vaga esperança de achar uma cópia barata. Então, fiz uma conta, um cartão JPN PSN, e comprei o jogo. Depois de baixar e instalar, eu comecei a jogá-lo. O logo da Playstation apareceu normalmente, mas com o SCEI junto, sendo que era um jogo Japonês. Não havia tela de copyright, mas eles haviam retirado de vários outros jogos também. O vídeo da intro começou a rodar depois disso. Várias palavras diferentes e coloridas pularam pela tela, formando “Linking the Sapient Dream” (N.T: Ligando o Sonho Sapiente, em tradução livre.) várias vezes (aparentemente isso era o que significava LSD). Eu apertei o botão de circulo, e o jogo foi para a tela de título. Não havia nenhuma tela de “Press Start”, ia direto para uma com 4 opções. Start, Salvar, Carregar, e Opções. Em baixo do Start havia uma linha com texto, dizendo que dia você esteve lá. Aparecia então “a DIA 01″. Apertei Start. Uma coisa que eu tinha aprendido com aquele grupo do Yahoo, é que o primeiro dia começava em uma casa japonesa, com três andares. O conteúdo da casa era aleatório. O jogo inteiro era jogado em visão de primeira-pessoa. Eu andei pelo corredor onde comecei, e fui até uma estante de livros, quando a tela começou a ficar branca. A coisa estranha sobre esse jogo é que você pode interagir com qualquer coisa. Andar até qualquer objeto manda você para um novo lugar, o que o jogo chama de “Conectar”. O branco foi sumindo e eu estava em um campo. Eu não conseguia ver em uma distancia muito grande, pois a maior parte da área estava com uma grossa neblina. Os gráficos eram bem básicos, quase não tinha textura neles. Andei em frente, eventualmente batendo em uma árvore, o que me mandou para outro lugar. Agora, as coisas tinham ficado mais sinistras. Eu estava em uma cidade escura, em cima de um píer de metal. Um barco apareceu entre a neblina na água, e postes de luz iluminavam as ruas. Eu andei pela estrada e me deparei com várias ruas. Graffiti cobria algumas paredes, estranhos multicoloridos olhando para mim. Então eu ouvi um barulho e a tela piscou rapidamente. Eu virei pra trás. Atrás de mim, havia um homem. Ele estava usando um chapéu cinza e um casaco longo. Ele veio andando lentamente até mim, quase como se deslizasse no chão. Eu tentei andar para trás, para desviar, mas meu controle não estava respondendo. E ele estava chegando cada vez mais perto. Por um milésimo de segundo, dois pontos vermelhos apareceram por baixo de seu chapéu, então a tela piscou de novo. Dessa vez eu estava de volta na casa. Entretanto,algo havia mudado. As textura das paredes não eram mais as mesmas, haviam sido trocadas por imagens de violência real. Mulheres sendo estupradas, crianças dilaceradas, Canibalismo, um japonês esmagando os próprios dedos com um martelo. Enquanto eu me movia para dentro da casa, as imagens ficavam pior, e a musica ficou distorcida e diminuindo lentamente. O corredor era mais longo do que antes, e estava escurecendo. Eu sabia o que estava no fim do corredor. Era Ele. Eu segui em frente, o ácido estomacal na minha garganta lutando contra a ânsia de vomito, assim que as fotos subiam a níveis extremos de obscenidade e violência. Alguns passos a frente, um homem removendo as pernas de um menininho. Um pouco mais, uma mulher grávida arrancando e cortando seu próprio feto. Um pouco mais ainda, um grupo de homens cortava uma vaca em pedaços, envolvendo os órgãos internos em seus corpos. Perto do fim, pessoas sendo forçadas a comer pedaços de um cadáver infantil, vomitando enquanto comiam. Finalmente, eu cheguei no final do corredor. A tela escureceu e uma linha de texto apareceu. Eu escrevi o link (http://www.shafou.com/) rapidamente e uns segundos depois, a tela clareou até retornar aparecer o título. Nesse momento o status marcava ”D dIa 00″ Eu tentei escolher o Start de novo, mas o jogo não me deixava continuar. Eu reiniciei meu PS3, e o status voltou para “a DIA 01″. Antes de jogar novamente, eu tentei o link. Ainda funcionava, e a pagina apareceu, escrita toda em Japonês. Mais abaixo na página, havia uma imagem do homem Cinza, como ele havia aparecido. Eu não sei ler japonês, mas um dos meus amigos sabia. Ele viveu no Japão por alguns anos, então ele podia ler e falar a língua fluentemente. Eu copiei os escritos e chamei ele para minha casa. Depois que ele apareceu, eu passei a hora seguinte explicando para ele o que tinha acontecido. Obviamente, ele não acreditou em mim. Quem iria? Mas ele concordou em dar uma olhada no escritos da página. Depois de varias tentativas, eu não consegui fazer com que a página aparecesse de novo, então dei para ele a cópia que eu tinha feito. Ele olhou por alguns minutos a cópia e então ficou pálido. Ele devolveu para mim e sentou no sofá. Ele não falou nada nos 5 minutos seguintes, então ele me disse o que dizia.
“Se você está lendo isso, muito bem.
Você viu o homem como ele é.
O que ele fez comigo enquanto eu dormia, enquanto eu
sonhava o seu pesadelo obscuro, Você também
os viu. Aquelas imagens violentas
dele. Ele não tem forma, apenas o
homem dos sonhos. Ele causou tudo isso, estes
inocentes, e possessivos. Ele os fez fazer
isso. Ele me fez fazer aquele jogo.
CINZACINZACINZACINZACINZACINZA”
Assim que meu amigo terminou, ele se levantou, pegou seu casaco, e disse “Seja lá o que você viu nesse jogo, não me conte nada.” Então saiu. Na semana seguinte ele voltou para o Japão. Eu não consegui jogar aquele jogo novamente, pois estava um pouco apavorado. Algumas semanas depois de meu amigo ir para o Japão eu recebi uma ligação: Ele tinha matado um homem, e então cometeu suicídio. O homem que ele havia matado era Osamu Sato, que era o designer principal do LSD. (E sim, esse jogo REALMENTE existe) ''
Estátua
Há alguns anos atrás, um casal do Estado de Oklahoma, EUA, decidiram tirar uma noite de descanso. Resolveram sair para jantar na cidade. Como eles eram pais de duas crianças e as leis americanas são rígidas em relação ao abandono de menores, eles chamaram sua babá de maior confiança. Quando a babá chegou, os pequenos já estavam dormindo. Então a babá se sentou perto delas e verificou se tudo estava bem. Mais tarde nessa noite ela ficou com tédio e foi ver TV, mas ela não conseguiu ver na sala porque não havia TV a cabo (os pais não queriam que as crianças ficassem vendo qualquer coisa na TV). Então ela ligou para os pais e perguntou se ela poderia ver TV no quarto do casal. Obviamente, os pais permitiram, mas a babá tinha um pedido final…. ela perguntou se poderia cobrir a estátua de anjo que estava no quarto das crianças com alguma toalha ou cobertor, porque ela a deixava nervosa. O telefone ficou em silêncio por um momento, e o pai que estava no telefone com a babá falou desesperado:
”..Leve as crianças para fora de casa agora!!! Nós estamos chamando a polícia! Não temos nenhuma estátua de anjo!” A polícia achou os três corpos dos ocupantes da casa mortos. Nenhuma estátua foi encontrada. Nenhum vestígio de invasão. Nenhuma evidência, exceto que as vítimas morreram por causa de golpes com um objeto perfurante. O caso não foi solucionado e acabou virando uma lenda urbana.
”..Leve as crianças para fora de casa agora!!! Nós estamos chamando a polícia! Não temos nenhuma estátua de anjo!” A polícia achou os três corpos dos ocupantes da casa mortos. Nenhuma estátua foi encontrada. Nenhum vestígio de invasão. Nenhuma evidência, exceto que as vítimas morreram por causa de golpes com um objeto perfurante. O caso não foi solucionado e acabou virando uma lenda urbana.
O homem da neve
Uma adolescente cuidava de sua irmã mais nova em casa enquanto seus pais tinham feito uma pequena viagem. Depois de assistirem TV, a adolescente colocou a irmã mais nova na cama e ficou diante da janela, olhando a neve que caía. Ela estava admirando o cenário quando, de repente, notou que um homem se aproximava de sua casa, retirando um objeto brilhante de seu bolso e caminhando em direção a ela, com um aspecto sombrio. Assustada, a garota correu para de baixo das cobertas e ficou ali por um tempo. Depois, saiu à janela e reparou que o homem não estava mais por perto. Aterrorizada, ela decidiu ligar para a polícia, que veio rapidamente até o local. Os policiais não encontraram pegadas nos arredores da casa, o que seria praticamente impossível, considerando que a neve estava caindo lentamente e ainda não seria suficiente para cobrir os rastros. Quando entraram na casa os guardas notaram algo estranho: as pegadas que eles procuravam do lado de fora estavam, na verdade, atrás do sofá onde a menina havia se escondido, no carpete. O possível assassino estava atrás dela o tempo todo e, no final das contas, a imagem que ela tinha visto era o reflexo dele na janela.
Vampiros peruanos
Uma das lendas urbanas mais famosas no Peru é sobre algumas criaturas conhecidas como pishtacos. Reza a lenda que esses vampiros vagam à noite atrás de viajantes e de pessoas indisciplinadas. As vítimas são capturadas pela cabeça e levadas até galpões sombrios onde são mortos para ter suas gorduras retiradas e vendidas no mercado negro.
O grito
Alguns alunos de universidades norte-americanas tinham a tradição de gritar em determinado momento, geralmente como forma de aliviar o stress e marcar o fim de um período de provas, do semestre ou do ano letivo. A tradição parece ter ficado forte na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Lá, os universitários chegaram a combinar um grito coletivo, que deveria ser dado à meia-noite. A ideia era justamente extravasar e deixar as preocupações de lado pelo menos um pouco. Então, como combinado, à meia-noite todos os alunos se reuniram e gritaram coletivamente. O que ninguém sabia era que um dos gritos era de desespero. Na mesma hora uma mulher havia sido violentada e, como todos estavam gritando, o grito dela, de socorro, simplesmente não foi considerado. A história logo se espalhou e a tradição dos gritos foi banida da instituição. Dizem que quem quebrar as normas pode, inclusive, ser expulso.
Carro fantasma?
Eai galera blz?
Eu sou o dono do blog Zumbuty e gente vou contar oq aconteceu cmg, eu tava dirigindo o carro e minha prima tava do lado a gente tinha saido pra buscar umas coisas na casa de um amigo ai no meio do caminho eu meio q vi um carro fantasma eu não sei se foi coisa da minha cabeça mais ela tbm viu tipo o carro tava na nossa frente andando e dobrou em uns apartamentos nós pensamos q era um visitante ou morador mais quando passamos e olhamos n tinha nenhuma entrada e ninguem, se o carro dobrasse nesse lugar ia bater nas grades '-' eu n sei se é vdd ou não só sei que nos vimos e espero que os capetinhas ou anjinhos que nos fez ver essa cena não venha atraz de nós ne.
Eu sou o dono do blog Zumbuty e gente vou contar oq aconteceu cmg, eu tava dirigindo o carro e minha prima tava do lado a gente tinha saido pra buscar umas coisas na casa de um amigo ai no meio do caminho eu meio q vi um carro fantasma eu não sei se foi coisa da minha cabeça mais ela tbm viu tipo o carro tava na nossa frente andando e dobrou em uns apartamentos nós pensamos q era um visitante ou morador mais quando passamos e olhamos n tinha nenhuma entrada e ninguem, se o carro dobrasse nesse lugar ia bater nas grades '-' eu n sei se é vdd ou não só sei que nos vimos e espero que os capetinhas ou anjinhos que nos fez ver essa cena não venha atraz de nós ne.
domingo, 5 de abril de 2015
Alma Perturbada
'' Tudo começou em minha infância, eu era feliz quando criança, animado e sorridente, longe das sombras da infelicidade e angústia que hoje me atormenta. Costumava brincar de esconder com meu irmão, éramos inseparáveis, conosco tinha alguns colegas de classe. Brincávamos todas as tardes até o anoitecer, meu irmão era indiscutivelmente bom, nunca era encontrado. Nesta época eu tinha oito anos e meu irmão nove, éramos apenas criança querendo se divertir ao máximo. Quando completei dez anos, meu irmão me convenceu de me tornar mais duro, para me transformar em um verdadeiro homem. Logo comecei a tratar as pessoas de uma forma diferente. Acabei participando de algumas brigas, eu sempre apanhava, meu irmão saia ileso. Com cortes e roxos eu ia sendo arrastado para casa, minha mãe ficava louca. Meu Deus como você conseguiu andar até aqui, vou chamar seu pai! Meu irmão continuava a me segurar e falar ele está se tornando um verdadeiro homem nossa mãe ficava em silêncio. Os anos se passaram, eu já possuía doze anos e minha mudança continuava, já não precisava que meu irmão falasse o que tinha de ser feito, brigava e humilhava todos que não gostava. Arrumei brigas por conta própria. Comecei a sentir algo diferente, algo bom. Com o passar dos dias esse sentimento ficou mais forte, muitas vezes parecia me controlar, já não lembrava com quem tinha brigado, nem o porque, apenas feria as pessoas sem remorso, sem pena. Tentando de uma forma drástica que eu melhorasse, meus pais começaram a me privar de muitas coisas, me tiraram certos privilégios como de sair de casa e brincar com outros colegas, isso até a minha “fase” como eles se referiam a minhas brigas passar, mas eu ainda tinha meu irmão, ele sempre estava comigo, inventávamos muitas coisas juntos, era divertido, era feliz, era cruel... Quando completei quinze anos mudei por completo, minha família tentou de tudo, me levaram ao psicólogo, ao médico e nada resolveu mas eu não estou doente! Gritava sem parar, me enfurecendo, já não conseguia olhar para meus pais, sentia raiva, quem mantêm o filho em casa por cinco anos sem poder sair! Meu olhar agora era de ódio, tudo que via me dava vontade de bater, quebrar, matar. Ao completar dezoito anos minha família decidiu me levar para um hospício. Tentaram me convencer que seria melhor para mim, que eu não sabia que precisava disso, que não sabia o amor que eles tinham por mim e choro toda vez que me lembro de minhas ultimas palavras para eles. Esse lugar me enoja, vocês não merecem ser meus pais, vocês deveriam morrer! Nesta hora eu apaguei, tudo ficou escuro, mas sentia algo escorrendo em mim. Ao recuperar os sentidos me deparei com a cena mais horrível de toda minha vida, não pelo que fiz, mas sim pelo que não senti. Na minha frente estava meu pai e minha mãe abraçados, um olhar de terror em seus rostos e escorrendo de suas cabeças. Percebi que segurava algo, uma faca, uma faca muito grande coberta de sangue. Nada senti, nem remorso nem pena, nada, e hoje me desespero ao pensar nisso. Ainda olhando meus pais juntos vejo alguém no canto escuro da casa. Meu irmão estava lá, com um sinistro sorriso em seu rosto, fiquei encarando ele como se estivesse hipnotizado. Não demorou muito e a polícia chegou, provavelmente meus pais gritaram antes de eu... os matar. Logo um dos policiais me imobilizou, não reagi, apenas fiquei olhando meu irmão no canto da casa, rindo e pensei porque ninguém viu ele, ele está bem escondido como sempre? Ao chegar à delegacia me levaram para interrogatório, fizeram diversas perguntas. Após duas horas eu finalmente pude perguntar o que me atormentava. O que aconteceu com meu irmão? Os detetives se olharam surpresos. Garoto, você não tem nenhum irmão e nunca teve. Meus olhos se arregalaram com tamanho terror, olhei ao redor zonzo e vi, no canto da sala, meu irmão dando uma sinistra gargalhada sem som, com um olhar diabólico em seu rosto e por fim disse a frase que hoje me perturba. ''
“Eu Apenas Observo O Caos Em Sua Alma Perturbada”
“Eu Apenas Observo O Caos Em Sua Alma Perturbada”
Acidente na Estrada
'' Eu, meu tio e dois primos estavam jogando baralho enquanto esperava minha tia terminar o jantar. A fazenda era muito antiga e já estava com minha família a varias gerações, infelizmente nessa época ainda não havia eletricidade no campo e os geradores eram muito caros para meu tio, então era tudo iluminado na vela e lampião, o que dava um aspecto tenebroso ao lugar. Chovia muito forte nesse dia e os cachorros estavam dentro da casa mas mesmo assim estavam muito inquietos.
-Eu não gosto quando eles estão assim, sempre acontece algo estranho. (disse meu tio apontando os cachorros)
E os quatro riram do comentário que ao momento pareceu engraçado. Ainda estávamos rindo quando ouvimos alguém bater forte na porta. Todos nós pulamos de susto e meu tio foi atender a porta seguido de minha tia que veio rápido da cozinha ver quem era a visita inesperada. Quando meu tio abriu a porta vimos um homem que estava todo molhado da chuva. Eu sabia que não era conhecido pois eu conhecia todos os vizinhos da redondeza.
-Eu capotei meu carro ali na estrada, preciso de ajuda pois minha mulher esta machucada e precisa de cuidados médicos, eu vi sua casa da estrada e... (disse o homem sem fôlego até ser interrompido por meu tio)
-Não precisa explicar mais. (disse meu tio pegando a chaves da camioneta e saindo)
Sem perguntar nada eu entrei com eles no veículo e partimos. Em um minuto já estávamos onde o carro se encontrava. Eu e meu tio corremos para o carro, o homem ficou lá dentro do carro, paralisado, olhando na direção do carro e chorando quieto. Eu e meu tio agachamos para ver a situação da mulher dele e para nosso choque ali estava o homem que bateu na porta da fazenda, todo ensanguentado. Sua mulher não estava diferente. Eu fiquei com medo mas meu tio me olhou e disse:
-Rápido temos que levar os dois para o hospital.
Tiramos os dois do carro e os levamos para o hospital, o homem, como eu e meu tio sabíamos já estava morto a mulher estava com ferimentos graves mas sobreviveu. Algumas horas depois saímos do hospital e fomos de volta para a fazenda. Quando chegamos contamos a historia para meus primos e minha tia, eles ficaram morrendo de medo. Terminei de contar a história e alguém bateu na porta, meus primos correram para o quarto de medo e meu tio abriu a porta só que desta vez não tinha ninguém.
-Eu não gosto quando eles estão assim, sempre acontece algo estranho. (disse meu tio apontando os cachorros)
E os quatro riram do comentário que ao momento pareceu engraçado. Ainda estávamos rindo quando ouvimos alguém bater forte na porta. Todos nós pulamos de susto e meu tio foi atender a porta seguido de minha tia que veio rápido da cozinha ver quem era a visita inesperada. Quando meu tio abriu a porta vimos um homem que estava todo molhado da chuva. Eu sabia que não era conhecido pois eu conhecia todos os vizinhos da redondeza.
-Eu capotei meu carro ali na estrada, preciso de ajuda pois minha mulher esta machucada e precisa de cuidados médicos, eu vi sua casa da estrada e... (disse o homem sem fôlego até ser interrompido por meu tio)
-Não precisa explicar mais. (disse meu tio pegando a chaves da camioneta e saindo)
Sem perguntar nada eu entrei com eles no veículo e partimos. Em um minuto já estávamos onde o carro se encontrava. Eu e meu tio corremos para o carro, o homem ficou lá dentro do carro, paralisado, olhando na direção do carro e chorando quieto. Eu e meu tio agachamos para ver a situação da mulher dele e para nosso choque ali estava o homem que bateu na porta da fazenda, todo ensanguentado. Sua mulher não estava diferente. Eu fiquei com medo mas meu tio me olhou e disse:
-Rápido temos que levar os dois para o hospital.
Tiramos os dois do carro e os levamos para o hospital, o homem, como eu e meu tio sabíamos já estava morto a mulher estava com ferimentos graves mas sobreviveu. Algumas horas depois saímos do hospital e fomos de volta para a fazenda. Quando chegamos contamos a historia para meus primos e minha tia, eles ficaram morrendo de medo. Terminei de contar a história e alguém bateu na porta, meus primos correram para o quarto de medo e meu tio abriu a porta só que desta vez não tinha ninguém.
Não ignorem os espíritos
'' Eram onze horas da noite e chovia muito forte, estávamos indo para a fazenda da minha tia. Levei meu melhor amigo para quebrar um pouco a monotonia do campo. Negão, como eu o chamava, resolveu tirar um cochilo e se virou pro lado e eu continuei dirigindo em direção à fazenda. Algum tempo depois eu vi no meio da estrada meu pai que havia falecido em 1996, tinha a aparência muito mais jovem do que quando morreu e eu pude ver uma luz forte ao seu redor, ele estava com um braço esticado em minha direção e seu dedo indicador e sua cabeça fazendo sinal de negativo. Eu freei forte e segurei a direção, passamos por onde ele estava e o carro rodou varias vezes até parar. Retomando do susto olhei para a estrada, estava vazia. Negão gritava sem entender o que tinha acontecido.
-Cara, eu vi meu pai que já faleceu faz anos no meio da estrada.
-Seu louco, quase nos matou!
-Não estou brincando, acho que ele queria me avisar alguma coisa. Vamos voltar pra casa, eu não posso continuar a viagem.
-A fazenda esta a 15 km daqui, vamos dirigir 140 km pra voltar? Nem pensar, se você quiser vamos embora amanhã cedo.
Pensei que ele estava certo, não tinha sentido voltar a essa hora da madrugada estando tão perto, então seguimos a viagem. Alguns quilômetros depois, fazendo uma curva o carro derrapou, perdi o controle e capotamos até batermos em uma árvore. Eu me esforcei para sair do carro, deitei no chão e olhei pro lado da estrada na esperança de encontrar ajuda, ali estava meu pai, assim como eu o vi minutos antes. Ele se aproximou de mim e disse.
-Dorme filho, você precisa descansar e se você dormir, a dor vai passar, mas seu amigo vai vir comigo.
Sem dizer outra palavra, segurou no ombro de Negão e andando pela estrada os dois desapareceram. Eu acordei já no hospital, e descobri que meu amigo realmente morreu no acidente, eu sofri ferimentos que me deixaram o rosto marcado, mas em alguns dias estava fora do hospital. Eu me arrependo amargamente por ter ignorado a mensagem do meu pai. Não ignorem os espíritos quando eles tentam ajudar, isso pode salvar vidas. ''
-Cara, eu vi meu pai que já faleceu faz anos no meio da estrada.
-Seu louco, quase nos matou!
-Não estou brincando, acho que ele queria me avisar alguma coisa. Vamos voltar pra casa, eu não posso continuar a viagem.
-A fazenda esta a 15 km daqui, vamos dirigir 140 km pra voltar? Nem pensar, se você quiser vamos embora amanhã cedo.
Pensei que ele estava certo, não tinha sentido voltar a essa hora da madrugada estando tão perto, então seguimos a viagem. Alguns quilômetros depois, fazendo uma curva o carro derrapou, perdi o controle e capotamos até batermos em uma árvore. Eu me esforcei para sair do carro, deitei no chão e olhei pro lado da estrada na esperança de encontrar ajuda, ali estava meu pai, assim como eu o vi minutos antes. Ele se aproximou de mim e disse.
-Dorme filho, você precisa descansar e se você dormir, a dor vai passar, mas seu amigo vai vir comigo.
Sem dizer outra palavra, segurou no ombro de Negão e andando pela estrada os dois desapareceram. Eu acordei já no hospital, e descobri que meu amigo realmente morreu no acidente, eu sofri ferimentos que me deixaram o rosto marcado, mas em alguns dias estava fora do hospital. Eu me arrependo amargamente por ter ignorado a mensagem do meu pai. Não ignorem os espíritos quando eles tentam ajudar, isso pode salvar vidas. ''
A carona
Uma vez, estava Ronaldo fazendo o trecho São Paulo/Goiânia. Parou em um posto de gasolina pra abastecer e comer algo. Sentou-se no balcão da lanchonete e fez seu pedido. Enquanto estava comendo, uma mulher bonita e até bem vestida sentou-se do seu lado e puxou conversa com ele. Conversa vai e vem deu a hora de ir embora ele se despediu e saiu da lanchonete. Quando ligou o caminhão ali estava a mulher. Ele abaixou o vidro para ver o que queria e ela pediu uma carona, disse que morava na cidade vizinha e não queria andar até lá, que apesar de perto, já eram duas da manhã. Sem hesitar ele aceitou. A cidade era realmente perto, dez minutos depois de sair do posto chegaram ao trevo. Apontando uma esquina ali no trevo, pediu pra parar e desceu do caminhão. Ronaldo se assustou quando viu que ali era o muro de um cemitério.
-Como você tem coragem de ficar aqui? Vamos embora eu te levo em casa, não importa que seja longe. (disse ele com medo de deixar ela ali)
-Eu já estou em casa. (disse a mulher andando em direção ao muro do cemitério e desapareceu)
Contando essa história e conversando com outros caminhoneiros, descobriu que o fantasma era de uma prostituta que residia na cidade onde ele a deixou. Ela teria sido estuprada e morta por um caminhoneiro que a pegou naquele posto. Dizem que seu fantasma fica assombrando caminhoneiros como forma de vingança. Hoje, Ronaldo sempre desvia do trecho onde encontrou a mulher com medo de vê-la novamente.
-Como você tem coragem de ficar aqui? Vamos embora eu te levo em casa, não importa que seja longe. (disse ele com medo de deixar ela ali)
-Eu já estou em casa. (disse a mulher andando em direção ao muro do cemitério e desapareceu)
Contando essa história e conversando com outros caminhoneiros, descobriu que o fantasma era de uma prostituta que residia na cidade onde ele a deixou. Ela teria sido estuprada e morta por um caminhoneiro que a pegou naquele posto. Dizem que seu fantasma fica assombrando caminhoneiros como forma de vingança. Hoje, Ronaldo sempre desvia do trecho onde encontrou a mulher com medo de vê-la novamente.
sábado, 4 de abril de 2015
Não durma!
Seu nome era Samira. Era uma bela garota nascida em Israel, pele morena, cabelos longos e lisos, olhos negros e profundos. Parecia uma garota normal, mas tinha pesadelos, terríveis pesadelos, cuja culpa colocava nas guerras de seu país. Quando ela completou 14 anos, seus pais resolveram vender a casa e se mudaram para Londres, na esperança de ajudar a filha. Como estavam enganados. Nas noites que se seguiram, os pesadelos da jovem Samira ficaram ainda piores. Toda noite, ao fechar seus olhos, a escuridão tomava conta dela. Mas não era uma escuridão comum, era pesada e fria, como se não houvesse nada ali. E então aquela criatura aparecia. Era um homem, seus ossos aparecendo sobre a pele puxada, completamente nu e careca. Onde deveriam estar seus olhos havia duas órbitas vazias, como se eles tivessem sido arrancados, e sua boca tinha sido costurada em um insano sorriso eterno. Nos primeiros encontros, sentira pavor daquilo, mas ele nunca lhe tinha feito mal. Era seu guia. Ele a guiava pela escuridão até que ficasse mais clara. Mas o que via não era melhor. Passava por portões negros, para dentro das ruínas carbonizadas de uma cidade, impossível de dizer se era nova ou velha. Ali a escuridão estava viva, em formas indistintas cujos sorrisos eram as únicas coisas que pareciam reais. E havia pessoas. Pessoas que eram rasgadas pelas sombras, gritavam por piedade e tentavam correr, embora soubessem que não havia salvação. O estranho homem passava por elas sem se importar, e a guiava até o centro do lugar, onde estava o Palhaço. Era um homem de sorriso zombeiro e riso demente, com a maquiagem de palhaço borrada e pernas de bode que estalavam nas pedras. - Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele a garota entre risos. – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma! Era nessa hora que Samira acordava chorando. Mas não havia nada que pudesse fazer, já havia frequentado todos os psicólogos, todos os terapeutas, e de nada adiantava. Toda noite, quando dormia, era levada pelo guia cego até o palhaço e ouvia as mesmas palavras que a faziam acordar apavorada. Uma noite, ainda seguindo o fiel guia, resolveu fazer-lhe uma pergunta. - Por que sempre está rindo, se não é feliz? O guia virou-se para ela, os buracos de seus olhos quase voltados na sua direção, mas não respondeu. Não podia falar. Então virou-se para a frente de novo e recomeçou a andar. Samira o seguiu, mas segundos depois, ele desapareceu. A garota entrou em pânico, olhando a volta à procura de seu guia, mas via apenas as sombras e suas vítimas. Parou, chorando de medo, rezando para acordar, mas continuava ali. Então ouviu os passos. Toc-toc-toc, o som de cascos batendo na pedra e chegando mais perto. O palhaço dos cascos de bode apareceu ao seu lado, com um grande sorriso maldoso. - Boa notícia – disse ele – Você merece vir pra cá. Vou te levar pra um passeio comigo pela minha terra. Samira deu um grito de pavor, dando-lhe as costas e desatando a correr. Forçava-se a ir mais rápido, como nunca em sua vida, mas os cascos estavam sempre próximos a ela. Depois de muito tempo correndo, acabou tropeçando e caiu. Quando levantou o rosto, o Palhaço estava a sua frente. - Deixe-me ver esses braços. - pediu, antes de segurar seus braços e com as longas unhas, cortar seus pulsos. - Pra você vir mais rápido, amorzinho. Você tem uma missão, merece vir pra cá. Quando viu o sangue escorrendo, Samira gritou ainda mais assustada, acordando. Por um segundo pensou que estava a salvo, mas então viu seu lençol manchado de sangue e os pulsos abertos. Seus pais entraram logo depois, e a levaram para o hospital. Os médicos cuidaram dos cortes, e a polícia interpretou aquilo como uma tentativa de suicídio, pois não era possível que alguém tivesse entrado na casa. Ou que um palhaço de seus pesadelos a atacasse em sonhos. Samira decidiu que nunca mais dormiria, para nunca voltar para aquele mundo de terror. Começou a tomar remédios para manter-se acordada, e nos anos que se seguiram, acabou se viciando neles. Com 18 anos, não conseguia sair de casa, tampouco cursar a faculdade, apesar de sempre ter sido uma ótima aluna. Tudo para ficar longe dos demônios e de seus sorrisos diabólicos. Um dia, ficou sozinha em casa, e ao descer para a cozinha, encontrou o palhaço lá. Estava sonhando acordada. - Vou esfaquear seus pais. – ele disse, passeando em volta do fogão. – Você tem problemas, vão colocar a culpa em você. Vai ser divertido, não vai? Ele começou a rir, enquanto Samira chorou. Correu para o banheiro e abriu a caixa de remédios no chão. Todo o seu conteúdo se espalhou pelo chão, enquanto ela pegava desesperada três potes de pílulas. Entrou na banheira e tomou os remédio de uma vez. Fechou os olhos e nunca mais acordou. Quando seus pais voltaram e a encontraram, pensaram que a filha enfim conseguira se matar, e se sentiram culpados. Mas concordaram que ela estava em um lugar melhor agora, longe de tudo o que a apavorava. Como estavam errados. Eu estou com medo. Voltando para o mundo da escuridão, enquanto alguma coisa arranha a porta do meu quarto tentando entrar, me impedindo de fugir. O Palhaço disse que mereço estar aqui, para que descreva o que vejo pela janela. O que eu vejo são monstros de sombra torturando pessoas, com seus sorrisos malignos. E vejo Samira. Ela me contou sua história quando apareci lá pela primeira vez, vagando por aquele mundo. No começo, eu a achava muito bonita, mas logo apareceu careca e nua, implorando por ajuda. Eu tentei lhe explicar que não podia fazer nada, só podia ir para lá quando dormia, e, não sei explicar, achava que isso deixaria o palhaço furioso. Dias depois, seus olhos haviam sido arrancados. - Eu quero ver! – ela gritava para mim, mas sem me ver. – Eu preciso da luz! Da luz... Logo depois, apareceu com sua boca costurada em um sorriso assustador, e nunca mais falou nada. Mas isso já faz muito tempo, agora ela simplesmente vaga, sempre pelo mesmo caminho, mesmo sem ver, levando outras crianças até o palhaço. Elas a seguem, talvez porque sabem que ela um dia já passou por isso. Mas acho que Samira se esqueceu desse tempo. Acho que se acostumou a ser só mais uma criatura amaldiçoada a vagar sem ver, sem pedir ajuda. Condenada a sorrir naquele mundo do mal. O Palhaço diz que vou acabar como ela, se me pegar. Por isso tranco a porta e me escondo na cama. Ouço um rangido de porta sendo aberta. Toc-toc-toc. Viro-me e vejo seu sorriso maligno. Toc-toc-toc Eu não mereço me transformar em algo como Samira. Toc-toc-toc A minha história está acabando, mas ainda posso avisá-lo. Fique longe dos guias. Fique longe da escuridão. Fique longe do Palhaço das Pernas de Bode. Não durma!
Annabelle
Em 1970, uma mãe comprou uma antiga boneca Raggedy Ann de uma Hobby Store (Loja especializada em bonecas de coleção). A boneca foi um presente para sua filha, Donna, em seu aniversário. Donna, na época, era uma estudante na faculdade, preparando-se para formar-se em enfermagem e residia em um apartamento minúsculo com sua companheira de quarto Anngie (uma enfermeira também). Contente com a boneca, Donna a colocou em sua cama como uma decoração e não lhe deu maior atenção até alguns dias mais tarde. Com o tempo, Donna e Angie notaram que parecia haver algo de muito estranho e assustador com a boneca. A boneca, aparentemente, movia-se sozinha, num primeiro momento movimentos relativamente imperceptíveis, como uma mudança de posição, mas com o tempo o movimento se tornou mais perceptível. Donna e Angie vinham para casa e encontravam a boneca em uma sala completamente diferente da que a haviam deixado. Às vezes, a boneca era encontrada de braços e pernas cruzadas no sofá, outras vezes era encontrada na posição vertical, em pé, encostada em uma cadeira na sala de jantar. Várias vezes Donna colocava a boneca no sofá antes de sair para o trabalho, e quando voltava para casa encontrava a boneca de volta em seu quarto sobre a cama com a porta fechada. A boneca, não só se mexia, mas escrevia também. Com cerca de um mês de experiências, Donna e Angie começaram a encontrar mensagens à lápis sobre um papel de pergaminho onde lia-se "Ajude-nos" e "Ajude Lou". A escrita à mão parecia pertencer a uma criança pequena. A parte assustadora sobre as mensagens não eram os textos, mas a maneira como eles foram escritos. Naquela época, Donna não tinha papel de pergaminho em sua casa, onde as mensagens foram escritas. Então, de onde veio isso? Uma noite, Donna voltou para casa e encontrou a boneca novamente em uma posição diferente da que havia deixado, desta vez em sua cama. Donna descobrira que isso era típico da boneca, mas de alguma forma ela sabia que desta vez era diferente, algo não estava certo. Uma sensação de medo tomou conta dela quando, ao inspecionar a boneca, viu o que pareciam gotas de sangue na parte de trás de suas mãos e em seu peito. Aparentemente, do nada, uma substância líquida e vermelha apareceu na boneca. Assustada e desesperada Donna e Angie decidiram que era hora de procurar aconselhamento especializado. Sem saber para onde ir, elas contactaram uma médium e uma sessão foi realizada. Donna foi então apresentada ao espírito de Annabelle Higgins. A médium relatou a história de Annabelle para Donna e Angie. Annabelle era uma jovem que residia na propriedade antes dos apartamentos serem construídos, aqueles foram "momentos felizes". Ela era uma menina de apenas sete anos de idade quando seu corpo sem vida foi encontrado no campo em que o complexo de apartamentos estava agora. O espírito relatou à médium que ela se sentiu confortável com Donna e Angie e queria ficar com elas e ser amada. Sentindo compaixão por Annabell e sua história, Donna permitiu que a boneca continuasse “possuída” para que Annabell pudesse ficar com elas. No entanto, elas logo descobriram que Annabelle não era o que parecia ser. Isso não era um caso comum e definitivamente aquela não era uma boneca comum. Annabelle foi colocada em sua caixa especial pelos Warren. Lou era amigo de Donna e Angie e tinha estado com elas desde o dia em que a boneca chegou. Lou nunca gostou da boneca e em várias ocasiões advertiu Donna que ela era do mal e era para livrar-se dela. Porém, Donna tinha um laço de compaixão com a boneca e sem dar muito crédito aos “sentimentos” de Lou, manteve a boneca. Mas a decisão de Donna, ao que parece, foi um erro terrível. Lou acordou uma noite de um sono profundo e em pânico. Mais uma vez ele teve um pesadelo recorrente. Só que desta vez, de alguma forma, algo parecia diferente. Era como se ele estivesse acordado, mas não podia se mover. Ele olhou ao redor da sala, mas não podia discernir nada fora do comum, e então aconteceu. Olhando para baixo em direção a seus pés, ele viu a boneca, Annabelle. Ela começou a deslizar lentamente subindo por sua perna, depois sobre seu peito e então parou. Em poucos segundos a boneca começou a estrangulá-lo. Paralisado e ofegante Lou, no ponto de asfixia, apagou. Lou acordou na manhã seguinte, certo de que não era um sonho, ele estava determinado a livrar-se da boneca e do espírito que a possuía. Lou, no entanto, teria mais uma experiência terrível com Annabelle. Preparando-se para uma viagem no dia seguinte, Lou e Angie estavam olhando mapas sozinhos em seu apartamento. O apartamento parecia estranhamente silencioso. De repente, sons de farfalhar vindos da sala de Donna despertou o medo de que alguém poderia ter entrado no apartamento. Lou, determinado a descobrir quem ou o que estava ali, foi caminhando calmamente para a porta do quarto. Ele esperou que os ruídos parassem antes de entrar e acender a luz. A sala estava vazia, exceto por Annabelle que estava jogada no chão, no canto. Lou vasculhou a sala procurando por sinais de uma entrada forçada, mas nada estava fora do lugar. Porém, conforme ele se aproximava da boneca, teve a nítida impressão de que alguém estava atrás dele. Ao se virar rapidamente, percebeu que não havia mais ninguém lá. Logo em seguida, em um flash ele se viu agarrando seu peito, se encurvando de dor, com cortes e sangrando. Sua camisa estava manchada de sangue e ao abrir a camisa, lá no seu peito, estava o que parecia ser sete marcas de garras distintas, três na vertical e quatro na horizontal, todas estavam quentes como queimaduras. Essas marcas se curaram quase imediatamente, no dia seguinte já estavam bem fracas e no segundo dia já haviam desaparecido completamente. Donna finalmente estava disposta a acreditar que o espírito na casa não era o de uma menininha, mas um espírito não-humano e demoníaco por natureza. Depois da experiência de Lou, Donna sentiu que era hora de procurar aconselhamento realmente especializado e entrou em contato com um padre episcopal chamado Padre Hegan. Padre Hegan sentiu que era uma questão espiritual e que precisava entrar em contato com uma autoridade maior na igreja, então ele contatou o Padre Cooke, que imediatamente contatou os Warren. Ed e Lorraine Warren imediatamente tiveram interesse no caso e entraram em contato com Donna a respeito da boneca. Os Warren, depois de falar com Donna, Angie, e Lou chegaram à conclusão imediata de que a boneca em si não era de fato possuída, mas manipulada por uma presença não-humana. Espíritos não possuem objetos inanimados, como casas ou brinquedos, eles possuem pessoas. Um espírito não-humano pode vincular-se a um lugar ou objeto e isso é o que ocorreu no caso Annabelle. Este espírito manipulou a boneca e criou a ilusão de que ela estava viva, a fim de obter reconhecimento, chamar a atenção. Na verdade, o espírito não estava pretendendo ficar ligado à boneca, ele estava tentando possuir um hospedeiro humano. O espírito ou, neste caso, um espírito demoníaco não-humano, estava essencialmente na fase de infestação do fenômeno. Ele começou a mover a boneca pelo apartamento por meio de teletransporte para despertar a curiosidade dos moradores na esperança de que eles lhe dariam atenção. E deram. Cometeram o previsível erro de chamar um médium ao apartamento para se comunicar com ele. O espírito não-humano, agora capaz de se comunicar com o médium, explorou as vulnerabilidades emocionais das moradoras fingindo ser uma inofensiva menininha perdida, a qual, durante a sessão, foi dada a permissão (por Donna) para assombrar o apartamento. Assim como um espírito demoníaco é negativo, assim também são os fenômenos causados por ele, claramente negativos. Ele despertou o medo através dos movimentos estranhos daquela boneca, trouxe a materialização de perturbadoras mensagens manuscritas, as gotas simbólicas de sangue na boneca, e por último chegou a atacar Lou, deixando nele a marca simbólica da besta. A próxima etapa da infestação do fenômeno teria sido uma possessão humana completa. Se essas experiências durassem mais duas ou três semanas, o espírito iria se apossar totalmente, isso se não prejudicasse ou matasse um ou todos os ocupantes da casa. Na conclusão da investigação, os Warren consideraram oportuno ter uma recitação de uma bênção de exorcismo pelo Padre Cooke para limpar o apartamento. "A bênção episcopal da casa é demorada, um documento de sete páginas que é claramente de natureza positiva. Ao invés de expulsar especificamente entidades malignas da habitação, a ênfase é voltada para encher a casa com poderes positivos e de Deus." (Ed Warren). A pedido de Donna, e como uma precaução adicional para que os fenômenos não ocorram na casa novamente, os Warren levaram a velha boneca de pano junto com eles quando saíram. Padre Cooke, embora desconfortável com seu papel de um exorcista, concordou em realizar o ritual de exorcismo de sete páginas, uma doutrina que ele recitou em todo o apartamento até o ponto em que os Warren estavam confiantes de que a entidade não mais residia lá. Eles concordaram em levar a boneca de pano de volta para casa com eles. Antes de ir, Ed colocou a boneca no banco de trás do carro e concordou que não iria dirigir pela interestadual, no caso de o espírito não-humano ainda residir com a boneca. Suas suspeitas foram todas confirmadas, os Warren sentiram-se como objetos de um ódio vicioso. Então, em cada curva perigosa o carro patinava e morria causando falha na direção hidráulica e nos freios. Repetidamente o carro beirava a colisão. Ed então parou o carro, foi até o banco de trás e pegou, em sua bolsa preta, um frasco de água benta e encharcou a boneca fazendo o sinal da cruz sobre ela. Os distúrbios pararam imediatamente e os Warren chegaram em casa em segurança. Após os Warren chegarem em casa, Ed sentou a boneca em uma cadeira ao lado de sua mesa. A boneca levitou várias vezes no início, em seguida, ela parecia cair inerte. Durante as semanas que se seguiram, no entanto, a boneca começou a aparecer em várias salas da casa. Quando os Warren saiam e deixavam a boneca trancada no edifício exterior, eles muitas vezes voltavam e quando abriam a porta da frente encontravam a boneca sentada confortavelmente em cima de cadeira de Ed. A boneca também mostrou um ódio por clérigos que vieram até a casa. Em uma ocasião o Padre Jason Bradford, um exorcista católico, chegou à casa. Ao ver a boneca sentada na cadeira, ele pegou e disse: "Você é apenas uma boneca de pano, Annabelle, você não pode machucar ninguém", e jogou a boneca de volta na cadeira, nesse ponto Ed exclamou: "Isso é uma coisa que é melhor você não dizer." Ao sair, uma hora mais tarde, Lorraine pediu encarecidamente ao padre para que tomasse muito cuidado ao dirigir e que ligasse para ela quando chegasse em casa. Lorraine previu tragédia para este jovem sacerdote, mas ele teve de seguir o seu caminho. Poucas horas depois Padre Jason ligou para Lorraine e explicou que seus freios falharam quando ele entrou em um cruzamento movimentado. Ele foi envolvido em um acidente quase fatal que destruiu seu veículo. Este foi apenas um dos muitos eventos que ocorreram durante os próximos anos. Os Warren tem uma caixa construída especialmente para Annabelle dentro do Museu Ocultista, onde ela reside até hoje. Desde que a caixa foi construída, Annabelle parece não mais se mover, mas ela é tida como responsável pela morte de um jovem que veio para o museu em uma moto com sua namorada. O jovem, após ouvir o relato de Ed sobre a boneca, desafiadoramente foi para cima e começou a bater sobre a caixa insistindo que, se a boneca podia deixar marcas nas pessoas, então ele queria ser marcado também. Ed disse para o jovem: “Filho, você precisa sair " e o colocou para fora do prédio. No caminho para casa, o jovem e sua namorada estavam rindo e zombando da boneca quando perderam o controle da motocicleta e bateram com a cabeça em uma árvore. O jovem foi morto instantaneamente, mas sua namorada sobreviveu e ficou hospitalizada por mais de um ano. Quando perguntado o que aconteceu, a jovem explicou que eles estavam rindo da boneca, quando perderam o controle da motocicleta. Ed avisa você para não desafiar o mal, que nenhum homem é mais poderoso do que Satanás.
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